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O “Teddy” – um conquistador da Alemanha

Há mais de cem anos, um ursinho de pelúcia da Suábia conquista o mundo. No final de abril, os fãs do bichinho de estimação encontram-se numa feira em Münster.

26.04.2017
Germany, Teddy Bear, Steiff, toy
Germany, Teddy Bear, Steiff, toy © dpa - Teddy

Alemanha. O urso “Teddy” (“Teddybär”) é, na Alemanha, um sinônimo de bichinho de pelúcia. Muitas crianças crescem com ele, alguns deles permanecem como companheiro fiel até à idade adulta. Em Münster, reúnem-se há anos, sempre no final de abril, os fãs, colecionadores e conhecedores numa feira especializada nesses bens culturais de pelúcia.

Na feira “Teddybär total”, juntam-se os mais diversos ursos de pano, de requintadas peças únicas feitas por mãos de artistas até artigos de produção em série. Naturalmente, também fazem parte da mostra os acessórios correspondentes, como uma roupa de marinheiro ou uma calça de couro bávara. Peças históricas são mostradas na feira, da mesma forma como os ícones do setor publicitário alemão, como os ursos de ouro da Haribo até as latas de leite condensado da firma Bärenmarke. 

Presidente americano inspirou o nome 

A história do amado bichinho de pelúcia remonta ao século 19: Margarete Steiff, uma jovem da cidade suábia Giengen, cadeirante em virtude de paralisia infantil e por isso não podia sair de casa, descobriu o seu amor pela costura. Seu pai lhe comprou uma máquina de costura, o que na época era uma raridade. Numa revista de moda, ela descobriu em 1879 o molde de um pequeno elefante. O “Elefäntle” suábio tornou-se um sucesso, seguiram-se outros bichos de pelúcia. Já em 1901, a empresa familiar exportava brinquedos até para os EUA.

Em 1902, Richard Steiff, um sobrinho de Margarete, desenvolveu o Teddybär 55 PB, que é tido como um dos primeiros da sua espécie. Inicialmente, ninguém tinha interesse em comprá-lo. Somente na Exposição Mundial de 1904, em St. Louis, é que o Teddy alemão se tornou um sucesso de vendas, com um botão na orelha, até hoje uma característica dos produtos Steiff. Pois, concomitantemente, na presidência de Theodor Roosevelt (apelido: “Teddy”), desenvolveu-se uma verdadeira febre de Teddy nos Estados Unidos. Adepto da caça, o presidente havia se recusado, após uma fracassada caça de ursos, a matar um filhote de urso que fora amarrado especialmente para que ele lograsse obter seu troféu. 

Bichinhos de pelúcia no museu 

Desde 2004, o Museu Steiff na cidade de Giengen an der Brenz mostra a história do ursinho de pelúcia e da marca, numa exposição com 2.400 metros quadrados de área. Lá são apresentados mais de 2.000 produtos da história da empresa.

O “primeiro museu de Teddy do mundo” foi inaugurado, contudo, já em 1986 na avenida Kurfürstendamm em Berlim, pela historiadora de arte e colecionadora Florentine C. Bredow. Entrementes, ela se mudou com o museu para a cidade de Hof, na Baviera, mas continua buscando um novo local de exposição em Berlim. “Eu guardei meus 5.000 ursos em grandes magazines, vamos reiniciar de qualquer maneira”, afirma a fundadora do museu. No seu 30º aniversário em 2016, o Europa-Center na praça berlinense Breitscheidplatz expôs uma parte da coleção de ursos de pelúcia, composta de mais de 5.000 exemplares. Entre eles estão também exemplares extremamente raros e valiosos, como o urso de 1902 da firma Steiff. Também na cidade dos brinquedos, Sonneberg na Turíngia, há um museu de Teddy. Lá, o maior urso mede 5,60 metros, dos pés à cabeça. 

© www.deutschland.de

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