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Juntos. Relançar a Europa.

A Alemanha assume a presidência do Conselho da UE por um semestre: uma tarefa nada fácil nesta época do coronavírus

Helen Sibum, 28.06.2020
Chanceler federal alemã Angela Merkel.
Chanceler federal alemã Angela Merkel. © picture alliance/dpa

Como doutora em Física, Angela Merkel sabe exatamente que coisas pequenas podem liberar forças enormes. E, apesar disso, ela compartilha com gente de todo o mundo a perplexidade sobre a força com que o coronavírus atinge as sociedades e as economias. “Um vírus com um diâmetro de 140 nanômetro desenvolveu um poder de efeito global”, afirmou a chanceler alemã no final de maio, em pronunciamento durante um evento da Fundação Konrad Adenauer em Berlim. E como o vírus põe em dúvida muitas supostas certezas, ele também impôs uma nova orientação à presidência alemã do Conselho da UE. Em 1º de julho, a Alemanha assumiu a presidência do Conselho por um semestre, de acordo com o habitual rodízio. Uma oportunidade de moldar a Europa ainda mais fortemente e de determinar temas prioritários”.

A Europa pode sair da crise mais forte do que estava no seu começo.
Angela Merkel, chanceler federal alemã

A superação conjunta da crise estará agora, inevitavelmente, no centro dos trabalhos na presidência do Conselho.  Isso encerra também uma chance, segundo Angela Merkel. “Para mim, está claro desde já: a Europa pode sair mais fortalecida da crise, do que estava antes dela. Para que possamos fazer jus a essa aspiração, há para mim um motivo condutor, qual seja: coesão europeia e solidariedade europeia”. Ao lado da abordagem das consequências da pandemia, não se deve desviar as atenções contudo dos temas globais do futuro, que a Alemanha desejava de qualquer maneira tornar prioridade na sua presidência do Conselho. Tanto mais que eles estão estreitamente ligados com a pandemia: a proteção do clima e a economia sustentável fazem parte disso, tanto quanto a digitalização e o papel da Europa no mundo”.

Eu desejo que a União Europeia demonstre solidariedade também globalmente.
Angela Merkel, chanceler federal alemã

A presidência do Conselho será marcada por uma visão para além da própria região – mesmo que, ao mesmo tempo, a reconstrução econômica da Europa e a manutenção da coesão europeia tenham de ter êxito. “Eu desejo que a União Europeia mostre solidariedade também global e assuma maior responsabilidade”, segundo Merkel. “A pandemia vai levar, em muitos lugares, a um agravamento dos conflitos existentes e a problemas, sendo assim também um teste de resistência para a capacidade de ação da política externa e de segurança da União Europeia”. A UE precisa defender mundialmente, ainda mais, os seus valores como democracia, liberdade e proteção da dignidade humana.

“Trio presidencial do Conselho” com Portugal e Eslovênia

As relações entre a UE e a China desempenham concretamente um papel importante na presidência alemã do Conselho da UE – que a Alemanha interligou estreitamente com seus dois sucessores à frente do órgão, Portugal e Eslovênia, formando o “trio de presidência do Conselho”. Também a parceria com a África deverá ser aprofundada. Estão planejadas conferências de cúpula tanto com a China, como também com a União Africana. Quando e de que maneira elas serão realizadas – também quanto a isso, um vírus de 140 nanômetro terá uma certa influência. Contudo, ele não poderá mudar o fato de que haverá um intercâmbio.

© www.deutschland.de

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