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Contenção de lixo marinho no Caribe

Nas costas da região, a poluição ambiental causada por resíduos plásticos está aumentando. O projeto PROMAR tem como objetivo combater isso. 

Verena Kern, 23.02.2021
Os resíduos plásticos põem em perigo a fauna e a flora marinhas.
Os resíduos plásticos põem em perigo a fauna e a flora marinhas. © dpa

O Caribe é conhecido e famoso por sua beleza natural – com praias deslumbrantes, águas cristalinas e abundante vida selvagem. No seu estado natural. Porque agora muitos trechos da costa estão repletos de lixo. Podem ser encontradas até 200 mil peças de plástico por quilômetro quadrado. O projeto PROMAR (Prevenção de Lixo Marinho no Mar do Caribe) quer mudar isso agora.

Qual é o enfoque do projeto?

Uma vez que o lixo plástico entrou no mar, é muito difícil pescá-lo de volta. Ela se espalha no mar aberto, se decompõe em pequenos pedaços, libera produtos químicos tóxicos, coloca em perigo a vida marinha e entra na cadeia alimentar. O PROMAR, portanto, se concentra na prevenção. O objetivo é, em primeiro lugar, evitar que os resíduos plásticos sejam levados para o mar através dos rios e áreas costeiras. O projeto de três anos é financiado pelo Ministério Federal Alemão do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear com quase cinco milhões de euros.

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Que países estão envolvidos?

Três países caribenhos estão envolvidos no projeto: Costa Rica, República Dominicana e Colômbia. O consumo de artigos descartáveis de plástico e outros produtos plásticos tem aumentado acentuadamente nos últimos anos. Mas o atual sistema de gerenciamento de resíduos não consegue acompanhar isto. Muito do lixo gerado não é coletado sistematicamente nem descartado de forma adequada. Os resíduos muitas vezes acabam em aterros provisórios. Durante chuvas fortes ou tempestades, os resíduos são carregados para os rios e acabam assim no mar.

Como deve ser reduzido o lixo marinho?

Para poder reduzir o lixo, é necessário primeiro determinar de que quantidade se trata e onde ele é gerado. A empresa Adelphi Research, sem fins lucrativos e sediada em Berlim, é a responsável pelo projeto. Primeiro, ela mede as quantidades de resíduos plásticos e documenta o que está acontecendo atualmente com os resíduos. Para este fim, estão sendo criados sistemas locais de monitoramento. Entretanto, o monitoramento das rotas dos resíduos é apenas o primeiro passo. A partir dos dados obtidos no processo, a Adelphi está desenvolvendo soluções para que o máximo possível de resíduos possa ser reciclado. «Estes incluem, por exemplo, veículos elétricos de coleta de lixo, bem como pontos de coleta cuja operação é inócua ao clima», diz o diretor do projeto, Morton Hemkhaus. «Os painéis solares são utilizados principalmente para o fornecimento da energia elétrica». Além disso, os envolvidos no projeto querem aumentar a conscientização do problema entre a população e entre os fabricantes de materiais de embalagem.

Quem mais participa do projeto?

Nos três países, o projeto trabalha com organizações parceiras – na Costa Rica com o CEGESTI, na República Dominicana com a Parley for the Ocean e na Colômbia com o Centro Nacional de Producción Más Limpia. «Além disso, cooperamos com empresas, organizações da sociedade civil e autoridades nacionais ou regionais, bem como órgãos políticos», diz o diretor do projeto Hemkhaus. O objetivo é estabelecer um projeto exemplar na região e tornar-se assim um modelo a ser seguido. As soluções desenvolvidas pelo PROMAR também devem ser utilizadas em outros países do Caribe e da América Latina. Para este fim, o projeto também vai cooperar com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

E quanto ao coronavírus? A pandemia põe em perigo o projeto?

O projeto começou em dezembro de 2020, bem no meio da pandemia do coronavírus. «A situação é desafiadora, é claro», diz Morton Hemkhaus. «As prioridades políticas mudaram e as viagens também são difíceis de serem realizadas». Ainda assim, o projeto deve seguir como planejado. «Através de nossas organizações parceiras, estamos bem representados nos países e temos redes resilientes que permitem uma implementação bem sucedida».

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