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100º aniversário de Willy Brandt

Como político, Willy Brandt influenciou o cenário político da Alemanha como quase nenhuma outra pessoa.

10.12.2013
picture-alliance/Heinz Wieseler  -  Willy  Brandt
picture-alliance/Heinz Wieseler - Willy Brandt © picture-alliance/Heinz Wieseler - Willy Brandt

Nenhum outro político evoca emoções com tal intensidade. Willy Brandt foi o primeiro alemão depois da II Guerra Mundial a ser agraciado, em 1971, com o Prêmio Nobel de Paz, pela sua política oriental que visava o abrandamento de tensões e o equilíbrio com os Estados da Europa Oriental. Todos ainda se lembram do gesto histórico de Brandt, ajoelhando-se em Varsóvia diante do memorial às vítimas do nazismo, que lembra a revolta sufocada dos habitantes do gueto judeu. Esse gesto histórico, conhecido em todo o mundo, é considerado, até hoje, o impulso decisivo nas relações alemão-polonesas. Muitos peritos em política são unânimes em afirmar que o grande mérito de Brandt foi o de fazer com que muitas pessoas se entusiasmassem pela política. E isso até hoje.

Ele nasceu em 18 de dezembro de 1913, em um pobre bairro de Lübeck, cidade no norte da Alemanha, como filho ilegítimo. Seu nome era Herbert Ernst Karl Frahm, mas ele ficou conhecido mundialmente sob Willy Brandt, nome que ele próprio se deu quando era jovem, um “nome de guerra”. Após a tomada do poder pelos nazistas, ele fugiu para a Escandinávia em 1933, pois a facção socialista do partido SAP, à qual ele pertencia, tinha formado clandestinamente uma espécie de oposição de jovens contra Hitler. A partir de 1942, ele participou do círculo de socialistas democráticos em Estocolmo, que desenvolveram planos de paz para a Europa.

Após a vitória dos Aliados, Brandt voltou para a Alemanha, afiliou-se novamente ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), engajando-se na política da Alemanha Ocidental. Em outubro de 1957, este político convicto tornou-se prefeito de Berlim Ocidental, tendo que presenciar a construção do Muro e a divisão de Berlim. Como vice-chanceler e ministro das Relações Exteriores da Alemanha na Grande Coalizão (1966-1969), Brandt desenvolveu, junto com seu colega Egon Bahr, o programa de uma nova política oriental “dos pequenos passos”. Em outubro de 1969, Willy Brand foi o primeiro democrata social a ser eleito chanceler da Alemanha, anunciando na sua declaração governamental o desejo de “ousar mais democracia”.  E também ousou fazer mais política de conciliação com os Estados do Pacto de Varsóvia, conseguindo realizar o chamado “Tratado Fundamental” com a RDA, o que veio trazer enormes facilitações no contato de cidadãos ocidentais com seus parentes e amigos na RDA.

Willy Brand renunciou em 1974, após seu referente Günter Guillaume ter sido desmascarado como espião da RDA. Depois disso, Brandt foi presidente da Internacional Socialista, assumindo também, em 1977, a presidência da Comissão Norte-Sul, que já naquela época se ocupava com os problemas do mundo globalizado. Antes do seu falecimento, em 1992, Willy Brandt ainda testemunhou a queda do Muro de Berlim, em 1989, pronunciando em um discurso comovente a frase: “Agora se une o que deve estar unido”.

Willy Brandt completaria 100 anos de vida em 18 de dezembro de 2013. Sua cidade natal de Lübeck comemorará oficialmente seu aniversário, em cooperação com a Fundação Chanceler Willy Brandt e a Fundação Norueguês-Alemã Willy Brand.

“Comemoração do centenário de Willy Brandt”, em 11 de dezembro de 2013 na cidade hanseática de Lübeck.

100º aniversário de Willy Brandt, em 18 de dezembro de 2013

www.willy-brandt.org

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