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Aprender com a natureza

Para o “Organic Computing”, os pesquisadores de computação orientam-se no exemplo das colônias de insetos.

11.03.2016
© KIT - Organic computing

O motorista alemão passa em média 39 horas por ano em engarrafamentos. A culpa é também dos semáforos, que executam tarefas previamente programadas – completamente independentes do fluxo do trânsito. Não seria mais sensato desenvolver sistemas inteligentes, que se adaptam com flexibilidade e que, até mesmo, são capazes de aprender? Isto foi o que pensaram os pesquisadores da iniciativa interdisciplinar de pesquisas “Organic Computing”. Um deles é Christian Müller-Schloer, professor da Universidade Leibniz de Hanôver: “Nós tentamos transpor para a técnica os mecanismos de sistemas complexos, que observamos na natureza”, afirma Müller-Schloer. Como modelo serve, por exemplo, o trajeto auto-organizado das formigas. “Quando as formigas descobrem, por acaso, uma fonte de alimentos e, em pouco tempo, encontram o caminho mais curto para o seu formigueiro, há que perguntar-se: como elas logram isto, apesar das limitações da sua percepção sensorial?”.

Os sistemas adaptam-se de maneira autônoma

“Organic Computing” analisa esta questão. Para isto, os pesquisadores imitam os sistemas naturais, que organizam, otimizam e curam a si próprios. Estas chamadas “propriedades-self-x” são transpostas pela pesquisa dos sistemas naturais para os sistemas técnicos. Em Darmstadt, por exemplo, planeja-se para meados de 2016 instalações de semáforos, que reagem de maneira inteligente ao fluxo do trânsito.

Mas “Organic Computing” vai além da regulação do trânsito. No Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), especialistas de informática, de eletrotécnica e um neurofisiologista trabalham conjuntamente num robô de produção com autodeterminação. Em vez de executar apenas um programa de trabalho, a máquina deve analisar a situação e decidir então o que deve ser feito. Os robôs autônomos poderiam constituir uniões, com a ajuda de ligações espontâneas por rede, a fim de executar as tarefas pendentes. Havendo falhas parciais ou sobrecarga do sistema, os robôs do “enxame” podem reconhecer isto e redistribuir as tarefas.

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