A Alemanha e os Oscars
A entrega do Oscar sempre traz surpresas. Aqui, algumas informações surpreendentes sobre o espetáculo de Hollywood.

Da Alta Baviera a Hollywood
São momentos mágicos quando se abrem os envelopes dourados na entrega dos Academy Awards e se ouve: “And the Oscar goes to...”. O papel brilhante e esperançoso desse envelope todo especial vem sendo fornecido, desde 2012, pela Büttenpapierfabrik Gmund, da Alta Baviera. Esta empresa familiar, existente já desde 1829, é especializada no fabrico de papel e papelão. O designer norte-americano Marc Friedländer, que faz o design dos envelopes do Oscar, está muito satisfeito com os fabricantes de papel às margens do lago Tegernsee.
Wim Wenders, astro do filme documentário
Wim Wenders tornou-se famoso com filmes como “Paris, Texas” (1984) e “O Céu sobre Berlim” (1987), mas, nos EUA, ele é um astro de filmes documentários. “O Sal da Terra” foi indicado para o Oscar na categoria “Documentário”. Este filme é uma homenagem a Sebastião Salgado, o mestre da fotografia social. Antes, Wim Wenders conseguira estar entre os cinco candidatos ao melhor documentário, com seus filmes “Pina” (2011), sobre a lendária dançarina Pina Bausch, e “Buena Vista Social Club” (1999).
Exigente ganhadora alemã do Oscar
Hollywood gerou muitas carreiras extraordinárias. A história de Luise Rainer, nascida em Düsseldorf em 1910, é uma das mais incomuns. Na década de 1930, esta atriz recebeu dois Oscars consecutivos, batendo grandes concorrentes como Greta Garbo e Barbara Stanwyck. Luise Rainer foi a única atriz alemã a ganhar o Oscar. Mas sua carreira foi tão bem-sucedida como curta, terminando em 1938, como se afirma, depois de uma discussão com Louis B. Mayer, chefe da MGM, pois devia ter exigido roteiros mais complexos. Depois disto, a talentosa alemã só representou poucos papeis, dedicou-se à pintura e viveu em Londres até sua morte em 2014.
87ª entrega do Oscar, em 22 de fevereiro de 2015 no Dolby Theatre de Los Angeles