Entusiasmar as pessoas pela ideia europeia
A iniciativa “Cidadãos da Europa” quer entusiasmar as pessoas pela ideia europeia. Uma entrevista sobre as metas da iniciativa.
Entusiasmar as pessoas pela ideia europeia é a tarefa, que os “Cidadãos da Europa” assumiram. Desde 2001, esta associação vem tornando visível as vantagens da integração europeia, promovendo o conhecimento sobre a UE. Um diálogo com o gerente Peter Wolf.
Senhor Wolf, sua divisa é uma sentença de Victor Hugo: “Nada é mais poderoso do que uma ideia que chega no momento certo”. É difícil convencer as pessoas de que o momento para a Europa já chegou?
Ainda continua sendo difícil. Nos últimos dez anos sempre houve problemas que impediram que a maioria das pessoas se entusiasmasse pela Europa. Começou com a introdução do euro, e, depois, com a ampliação da UE para o leste. Em seguida veio a constituição fracassada e, logo depois, a crise financeira já estava batendo à porta.
Como o senhor reage? Quais são seus três mais fortes argumentos pela Europa?
O melhor argumento se reflete no lema da UE: “Unida na diversidade”. Temos que dar maior valor a essa diversidade que os 28 países-membros trazem consigo. O segundo argumento é que não existe uma alternativa. Um único país europeu não pode desempenhar nenhum papel na orquestra das potências mundiais. Quanto ao terceiro argumento, sempre o procuro no grupo-alvo. Relato, por exemplo, a pessoas idosas, sobre a segurança que a Europa lhes oferece. Temos que explicar a Europa muito individualmente.
A juventude talvez seja seu mais importante grupo-alvo. Como o senhor fala com os jovens europeus e como a sua mensagem os alcança?
Em vez de ficar explicando a Europa burocraticamente, apostamos muito mais em uma combinação entre conversa e informação, para que possamos começar a falar com os jovens, por exemplo, sobre os programas de mobilidade da UE.
Muitas vezes se tem a impressão de que a “Europa” soa bem para os jovens, ao contrário da “UE”.
Sim, é certo! A Europa é, em primeiro plano, algo positivo, que os jovens unem à ideia de viagens e maiores possibilidades. Mas eles não conhecem muito o trabalho concreto das instituições. Para eles, a UE é relativamente desconhecida e também – temos que admitir – relativamente antipática.
Associações, como a sua, tentam mudar isso. A UE não teria que se esforçar mais, ela própria?
A UE faz muita coisa nesse sentido, apoiando muito e amplamente o engajamento da sociedade civil, ou seja, nosso engajamento e o de outros. Acho bom que a UE não assuma o monopólio de representação, mas também promova essa multiplicidade.