Formação “made in Germany”
Uma rede mundial de escolas alemãs do exterior e de escolas parceiras com ligação especial com a Alemanha possibilita a formação profissional “made in Germany”.
Diante do prédio de tijolos à mostra, ao lado da igreja de São Pedro em Copenhague, balançam ao vento a Dannebrog, a bandeira dinamarquesa, e a bandeira negro-vermelho-ouro da Alemanha. A escola no coração da capital dinamarquesa é a mais velha escola alemã do exterior, em todo o mundo. Ela foi fundada em 1575 e ainda hoje oferece formação às crianças e jovens. Com esta escola teve início uma tradição de transmissão de conhecimentos com um foco alemão. Cerca de 300 anos mais tarde, em 1878, foi criado o primeiro instrumento estatal de incentivo, o “Reichsschulfonds” (Fundo Escolar Imperial). Desde então, as escolas alemãs do exterior são geralmente privadas e fomentadas com recursos públicos da Alemanha. O sistema escolar do exterior é tido como o mais antigo exemplo de uma parceira público-privada voltada para o futuro.
“Escolas constroem pontes”
Em vigor desde 1º de janeiro de 2014, a Lei das Escolas do Exterior criou recentemente uma base permanente para estas instituições especiais de ensino. As escolas são parte das políticas cultural e educacional externas do governo federal alemão e muito mais que “apenas” escolas para enviados de empresas alemãs no exterior. Cerca de 20.000 escolares alemães e 60.000 não alemães frequentam atualmente as cerca de 140 escolas alemãs do exterior. Na sua maior parte, são concebidas como escolas de encontro: nelas, os alunos de países de língua alemã aprendem junto com crianças do país anfitrião e de outras culturas. No final, eles recebem os certificados alemão e do próprio país. Com cerca de 10.000 alunos, o Colégio Visconde de Porto Seguro, no Brasil, é a maior escola alemã do exterior e, como muitas outras instituições, dispõe também de um jardim de infância para as crianças pequenas. Ao lado das escolas bilíngues, existem também algumas escolas do exterior em língua alemã, que estão voltadas principalmente para famílias alemãs que vivem no estrangeiro.
As escolas alemãs do exterior constroem “pontes para a Alemanha”, como ressalta Eric Schweitzer, presidente da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK): “Pontes entre a Alemanha e o país anfitrião, entre as pessoas, as culturas, as línguas e também as economias”. Exatamente o setor econômico anunciou recentemente um forte interesse em ampliar a formação dual nas escolas com prioridades alemãs. Até agora, ao lado de duas escolas profissionais, existem cursos profissionalizantes em língua alemã no ramo do comércio em oito escolas alemãs no exterior. Mas isto deverá aumentar em breve.
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