Barcos de madeira com mensagem comovente
Todos querem justiça Mas como pode ser concretizada a visão de um mundo justo? E que responsabilidade cada um tem de assumir? É disso que esta semana trata em Wittenberg.
Alemanha. A justiça pode ser explicada de forma muito simples com uma torta: ela é dividida de tal forma, que todos os convidados recebem um pedaço de tamanho exatamente igual. Isso é compreendido por qualquer criança pequena. Mas é tão simples? Não seria mais justo que cada um recebesse a quantidade que necessita para ficar satisfeito? E só dividimos a torta de maneira tão precisa, somente porque alguém controla se todos os pedaços são iguais? Sobre isso, os eruditos filosofam e debatem há séculos.
“Semana da Justiça” na cidade de Lutero
O desejo de uma sociedade justa e a concepção de que toda pessoa é responsável pelas suas ações foram preocupações constantes do reformador Martinho Lutero há 500 anos. A Semana da Justiça, de 21 até 26 de junho na cidade luterana de Wittenberg, oferece oportunidade para abordar essas questões em inúmeros eventos. Além disso, a paz, a justiça e a preservação da criação são temas centrais na Exposição Mundial da Reforma Protestante, que pode ser visitada em Wittenberg até o dia 10 de setembro.
Barcos de refugiados como símbolo da injustiça
As estações dessa exposição foram configuradas através de um concurso universitário. Para a “Torraum Gerechtigkeit”, os estudantes da Universidade de Ciências Aplicadas de Salzburgo escolhem um símbolo marcante: barcos de refugiados. Afinal, a pobreza, a guerra e a destruição ambiental são motivos fundamentais para a fuga e a migração. Agora, barcos de madeira, com os quais pessoas fugiram através do mar Mediterrâneo, balançam no lago Schwanenteich em Wittenberg. Não apenas como uma advertência, mas também para fazer algo novo e positivo da sua madeira.
Pode existir uma ordem mundial justa?
Na época da globalização e, em especial, no Ano do Jubileu da Reforma Protestante, a justiça é um tema presente em todas as partes. Em face de uma economia mundialmente interconectada, da mudança do clima, de crises e guerra, bem como de desigualdades regionais entre pobres e ricos, jovens e velhos, os Estados lutam por uma ordem mundial mais justa. Trata-se da igualdade de direitos para todas as pessoas, independente de origem, fé e sexo, de salários condizentes com o trabalho, distribuição de riquezas, exploração sustentável dos recursos naturais, cogestão política e sistemas jurídicos confiáveis, chances de educação e equilíbrio de sobrecarga entre as gerações.
Semana da Justiça, de 21 a 26 de junho, em Wittenberg
Exposição Mundial da Reforma Protestante
