Uma tipologia dos desfiles carnavalescos
Desfiles carnavalescos não são sempre iguais – uma visão geral da folia.
Cada “Jeck”, isto é, folião é diferente – assim afirma até mesmo o Mandamento da Tolerância de Colônia. Também nos desfiles carnavalescos na Alemanha os espíritos são diferenciados. Principalmente na Renânia e no Sudoeste do país, os foliões têm uma grande escolha:
Os desfiles da Segunda-feira das Rosas nos centros carnavalescos renanos de Colônia, Düsseldorf e Mainz (Mogúncia) são eventos para festeiros inveterados. Quem quiser resistir a temperaturas de inverno durante horas a fio, no meio de uma multidão à beira da calçada, tem de ter experiência com festas populares. Mas vale a pena passar frio, pois em nenhum lugar é maior a animação. Em Colônia, principalmente os solteiros ficam eufóricos, quando as moças distribuem os seus “Bützjer” (beijinhos). A principal rival, Düsseldorf, gosta de mostrar-se política na Segunda-feira das Rosas. Os carros alegóricos com motivos satíricos do escultor Jacques Tilly despertam, às vezes, atenção internacional para o desfile de Düsseldorf. Menos mordaz é o evento em Mainz (Mogúncia): também lá centenas de milhares postam-se à beira das calçadas na Segunda-feira das Rosas, mas a movimentação é mais cômoda. Isto pode vir também do fato de que as taças de vinho fazem parte dos costumes carnavalescos, acompanhadas sempre de “Weck und Worscht” (pãozinho e frios) para forrar o estômago.
Festejando com a família? Então, o “Jugendmaskenumzug” de Mainz, no sábado de carnaval, é exatamente o que vem a calhar, ou o “Schull- und Veedelszöch” de Colônia: no domingo de carnaval, cerca de 50 escolas de Colônia e quase o mesmo número de clubes de bairro desfilam pelo centro da cidade.
Novato no mundo dos desfiles carnavalescos? A parada dos foliões em Mannheim tem um número moderado de 100 mil espectadores. Longe do mar, é preciso acostumar-se aqui com a saudação marítima “Ahoi”, gritada pelos foliões.
Um outro epicentro da folia está no sudoeste da Alemanha. Quem quiser conhecer a face arcaica, tenebrosa do carnaval, deve visitar os “Fasnetsumzüge” suábio-alamanos, por exemplo, o “Narrensprung” em Rottweil ou o “Ommzug” em Rottenburg do Neckar. Diabos, bruxas e todos os tipos de fantasma fazem das suas nas vielas, estalando chicotes ou levando caldeirões fumegantes. É dada grande importância à tradição, quando as diversas corporações de foliões apresentam suas “Häs” (fantasias), com grande orgulho. Mas quem gosta de fantasiar-se pode, apesar disto, sentir-se isolado: enquanto os participantes ativos do desfile brilham com suas fantásticas máscaras e fantasias, a maior parte dos espectadores adultos mostra-se frequentemente reservada e não veste nenhuma fantasia.
