30 anos de “Lindenstrasse”
A série de televisão “Lindenstrasse” festeja seu 30º aniversário e continua em moda, principalmente porque sempre usa temas atuais.
“Agora, não! Estou vendo a ‘Lindenstrasse‘”. Cerca de 2,7 milhões de telespectadores acompanham todo domingo, a partir das 18h50, a história das famílias Beimer, Zenker e Schiller, que moram na rua Lindenstrasse. E veem a série já há trinta anos. Esse longo tempo é uma coisa única na televisão alemã. Essa série foi bolada pelo produtor e diretor Hans Wilhelm Geißendörfer, hoje com 74 anos de idade. Sua primeira irradiação aconteceu em 8 de dezembro de 1985, no Primeiro Canal Alemão de Televisão. Em 12 de Novembro de 2015, Geißendörfer recebeu a Cruz ao Mérito da República Federal da Alemanha pelo seu longo engajamento no setor cultural e pela “Lindenstrasse”.
Os locais de rodagem da série são na rua Lindenstrasse 3, em Munique, e em duas outras ruas vizinhas, com diversos bares, cafés, lojas, um cinema, um restaurante e um consultório médico. Aqui se desenrolam as histórias dos diversos personagens, tudo acerca de alegrias, sofrimentos e desenganos. A “Lindenstrasse” é mais do que apenas um entretenimento televisivo trivial. Os produtores sempre usam temas e desenvolvimentos sociais da atualidade, inserindo-os no enredo, de um dia para o outro, como, por exemplo, a figura de Benno Zimmermann que, na sequência de 27 de novembro de 1988, morre por ser portador de HIV. A “Lindenstrasse” foi a primeira série alemã que tratou dos temas AIDS e HIV. Em 25 de março de 1990, ela foi novamente pioneira, mostrando como dois homens homossexuais se beijam. Na época, foi realmente um escândalo.
“Refletir a vida na Alemanha”
Extremismo de direita, desemprego, proteção do meio ambiente, “stalking”, eutanásia, maternidade de substituição, integração de migrantes. Segundo Hans W. Geißendörfer, a “Lindenstrasse” ainda continua tendo tanta audiência na televisão alemã, devido a sua conexão com a vida atual da Alemanha. Para escrever a série, Geißendörfer inspirou-se na sua própria infância, em uma casa de várias famílias em Neustadt an der Aisch, na Baviera. A partir de 2015, sua filha Hana está ao seu lado, apoiando-o como produtora. “Agora, com ela, a nossa tradição e o nosso desejo de refletir a atual vida da Alemanha estão em boas mãos”, diz Geißendörfer.
