A habitação do futuro
A exposição “Wohnungsfrage” (Questão de Habitação) na Casa das Culturas do Mundo, em Berlim, anima a que se coopere com os peritos em questões sobre a habitação do futuro.
Como funcionará a “cidade social”, se não houver habitações pagáveis para todos? Como se poderá evitar o desaparecimento de casas que abriguem várias gerações de pessoas? Quais serão as novas formas de habitação e trabalho sob um só teto? Estas e outras perguntas ocuparão os artistas, os cientistas, os arquitetos, os políticos e os urbanistas durante a exposição “Wohnungsfrage” na Casa das Culturas do Mundo (HKW), em Berlim. Essa mostra é parte do grande projeto de quatro anos “100 Anos de Presente” (100 Jahre Gegenwart). Os peritos discutirão, em debates e conferências, sobre as mudanças da grave consequência no setor da política e da construção habitacionais, apresentando seus trabalhos sobre o tema da habitação.
Muito urgente
A questão da habitação é urgentíssima na Alemanha. Mais da metade dos alemães mora pagando aluguel. Nas grandes cidades são até mesmo mais de 70%. A migração para as cidades está se tornando cada vez maior, por causa das chances de melhor emprego, de formação, de menos custos de mobilidade e de boas ofertas de cultura e lazer. Essa grande demanda provoca o aumento de alugueis. A lei “Mietpreisbremse” (freio do preço do aluguel), que passou a vigorar em 1º de junho de 2015, deverá evitar que os proprietários exijam aumento excessivo de aluguel. Mesmo assim, muitas pessoas, principalmente famílias, não podem pagar um aluguel razoável. A grande imigração de refugiados faz aumentar ainda mais a demanda de habitações.
Para o seu projeto, a HKW convidou, por exemplo, anciãos para cooperar com o escritório de arquitetura londrino “Assemble”, para desenvolver um projeto de habitação segundo suas ideias, pois privacidade e comunidade não são antônimos e a habitação deve estar conforme as necessidades de uma vida toda. A “Kolabs” (Kooperative Labor Studierender – Cooperativa Laboratório de Estudantes) e o ateliê “Bow-Wow”, de Tóquio, desenvolveram um projeto que cria uma intersecção entre morar junto e aprender. “Dogma”, o escritório de Bruxelas, e “Realism Working Group”, de Frankfurt, transformam a mansão burguesa da cidade em uma casa, onde não existe a separação entre morar e trabalhar.
Exposição “Wohnungsfrage”, até 14 de dezembro de 2015 na Casa das Culturas do Mundo, Berlim
