Paul Ripke, o grande fotógrafo
As fotos da vitória na Copa do Mundo de 2014 fizeram de Paul Ripke um dos mais procurados fotógrafos alemães.
Foi uma história louca. O fotógrafo Paul Ripke acompanhava ansioso, pela televisão, os jogos da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. E ficava cada vez mais tenso, quanto mais se aproximava o jogo final, pois ele conhecia a Seleção Alemã, e já tinha feito fotos dos jogadores para a DFB. Mas não tinha sido previsto como fotógrafo para o Brasil. Daí, então, ele decidiu enviar um e-mail a Oliver Bierhoff, gerente do time alemão. Um dia antes da final, ele recebe a resposta positiva, voa para o Brasil e, com a ajuda da DFB, consegue um lugar no estádio. Depois do apito final, ele corre para o gramado e tiras as fotos da sua vida, retratando os momentos mais emocionantes e privados da vitória da Copa Mundial. Essas fotos foram publicadas no livro “One Night in Rio”, o qual foi vendido mais de 100 mil vezes.
Entusiasmo, espontaneidade e proximidade
Depois dessa tirada de mestre, Paul Ripke tornou-se um dos mais procurados fotógrafos alemães, trabalhando junto com esportistas e músicos, fotografando o craque alemão Jerome Boateng no estúdio e acompanhando a banda de rock “Die Toten Hosen” em sua turnê. E tem clientes de nome, como Hugo Boss. E tudo isto sem ter uma formação como fotógrafo. Suas primeiras tentativas com a câmara foram feitas com a idade de doze anos, quando ele fotografou seu pai fazendo skate. “Falando a verdade, eu era muito ruim para ser um skatista. Daí, ficou rapidamente claro que o melhor para mim era tirar fotos”, diz ele. Depois, ele gostou muito de hip-hop, o que lhe proporcionou o primeiro trabalho de fotógrafo para um magazine de música.
O que caracteriza Ripke é, sobretudo, o entusiasmo que tem pelo seu trabalho, a espontaneidade e a proximidade que ele cria. “Quando termino um trabalho, não fico retocando as fotos durante alguns meses. Eu só o faço exatamente uma vez e parto, então, para o próximo trabalho”. Neste verão europeu, Ripke, agora com 35 anos, muda-se com a família para Los Angeles, onde irá construir sua “Ripkedemy” para formar jovens fotógrafos – isto, se ele não aparecer repentinamente no Campeonato Europeu de Futebol na França.
