A hora zero na arte
O Guggenheim Museum de Nova York mostra o grupo alemão de vanguarda “Zero”.

Anselm Kiefer no museu Royal Academy, Sigmar Polke no Tate de Londres e agora os artistas de “Zero” no Guggenheim de Nova York. A arte alemã está atualmente no centro das atenções. A exposição “Zero” é uma verdadeira retrospectiva. O grupo de artistas do mesmo nome, com Heinz Mack, Otto Piene e Günther Uecker, existiu de 1958 a 1966, tentando um novo começo depois da guerra. “Zero” significa, por assim dizer, uma “hora zero” artística.
O objetivo do grupo de artistas de Düsseldorf era a redução de todo o figurativo e a concentração na clareza da cor pura e de vibrações luminosas dinâmicas no espaço. Para tanto, os três artistas aproveitaram diferentes formas. Heinz Mack deu preferência ao metal frio e refletor de luz como material, Otto Piene concentrou-se na eficiência da cor e Günther Uecker fez dos pregos a característica de sua arte. O grupo se dissolveu em 1966 e cada um deles seguiu um outro caminho. Foi só em 2008 que os três reconheceram ter uma história comum, fundando a Zero Foundation, reativando a memória da empresa artística.
“Já há muito teria sido necessário mostrar esse trabalho na América” diz Richard Armstrong, diretor do Guggenheim, sobre essa primeira e ampla mostra do antigo grupo de vanguarda em um museu nos EUA. Todavia, apenas Heinz Mack e Günther Uecker estiveram presentes no ato de abertura da exposição em Nova York. Otto Piene falecera no verão europeu de 2014.
“Zero: Countdown to Tomorrow, 1950s-60s”, no Guggenheim Museum de Nova York, até 7 de janeiro de 2015