Pular para conteúdo principal

Peça por peça

A demanda por peças de jovens 
dramaturgos alemães nunca foi tão grande como agora.

19.06.2013
Nis-Momme Stockmann
© Nis-Momme Stockmann

MESTRES DO DIÁLOGO.  Escrever um drama é coisa para autores de teatro, profissionais nesta matéria. Seu campo de ação é o diálogo e sua medida é a réplica. O teatro de autores vem tendo alta nos palcos alemães desde a década de 1990, quando os apelos por peças contemporâneas se tornaram mais intensos. Quase todos os teatros oferecem jornadas para autores ou distribuem prêmios correspondentes, como o cobiçado “Prêmio de Dramaturgia”, já concedido aos seguintes dramaturgos:

Theresia Walser tem o sobrenome famoso do seu pai, o escritor Martin Walser. Ela é conhecida pelo seu distanciamento artificial da língua cotidiana em seus dramas grotescos. Peças, como “Die Kriegsberichterstatterin”, funcionam como antiprojetos do realismo teatral. Sua mais nova obra “Ich bin wie ihr, ich liebe Äpfel” estreou no Nationaltheater de Mannheim.
 
Christoph Nussbaumeder disseca o dia a dia da pequena burguesia. Nos seus dramas predomina o indivíduo, que sofre ou morre por causa de conflitos existenciais. “Mit dem Gurkenflieger in den Südsee” foi a peça de estreia do autor da Baixa Baviera, com a qual ele teve rápido sucesso em 2005.  Suas obras estão entre as mais representadas dos jovens dramaturgos na Alemanha.

Nis-Momme Stockmann é um bom exemplo de autores nacionais que costumam dar trabalho ao teatro alemão. O dramaturgo, nascido em 1981 e cozinheiro de profissão, escreve para o Schauspiel de Frankfurt peças como “Die Ängstlichen und die Brutalen”. Sua franqueza e sua raiva emocional lhe deram a fama de ser um jovem irado.

Felicia Zeller usa óculos coloridos como marca registrada. Seu estilo é escrever sentenças incompletas com tremores linguísticos nervosos, graças a que ela leva situações banais do dia a dia ao cúmulo hiperrealista, como em “Kaspar Häuser Meer”, uma das peças de maior sucesso na Alemanha.