Startups na CeBIT
A maior feira mundial de TI, a CeBIT em Hanôver, oferece um fórum para startups – e obtém uma enorme afluência.
Alemanha. A CeBIT anuncia o lançamento de um novo tipo de banco. Algo inusitado para a maior feira mundial de TI. Mas, realmente, apresenta-se no final de março de 2017, em Hanôver, pela primeira vez uma nova forma de casa bancária: “Bitwala”. A empresa startup do setor de Fintech logrou criar uma alternativa digital para a conta bancária tradicional. Com transações nas chamadas criptomoedas, como a bitcoin, ela evita o sistema bancário e possibilita transferências monetárias no país e no estrangeiro em tempo real – e de forma inteiramente segura, graças à tecnologia de blockchain. Para uma transferência da Alemanha para os EUA, por exemplo, compra-se bitcoins por um determinado valor em euros, eles são transferidos para os EUA e lá vendidos novamente pelo valor equivalente em dólares.
Em março no mercado
A ideia para isso ocorreu ao fundador berlinense da empresa Jörg von Mickwitz já em 2011, durante seus estudos universitários, quando ele tomou conhecimento da moeda digital bitcoin. Porém, não havia até recentemente nenhum regulamento para negócios financeiros com criptomoedas. Por isso, ele teve inicialmente de formular as condições jurídicas básicas, juntamente com o Instituto Federal Alemão de Supervisão Bancária (BaFin). Um processo demorado. Mas pode valer a pena. Pois a tecnologia supera as transferências financeiras com as contas bancárias tradicionais em rapidez, segurança e simplicidade. “Em março, começaremos com força total”, afirma Jörg von Mickwitz.
“Barcamps” e “Fuckup Nights”
A startup de Berlim não é a única que se apresentará na CeBIT. Os jovens criativos já notaram, há muito, que podem encontrar especialistas consagrados em Hanôver e, em casos favoráveis, também um investidor. Por isso, a plataforma “Scale11”, uma “feira dentro da feira”, evoluiu entrementes para o mais importante fórum de startups da Europa. A isso se somam os Barcamps, tão apreciados entre usuários da internet, ou seja, encontros de discussão criativa abertos a todos sobre temas que mobilizam a comunidade. E as chamadas “Fuckup Nights”. Onde os fundadores de empresas narram de forma bem-humorada os seus fracassos – como parte do êxito.
