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O fim da digitalização?

A Alemanha aposta em inovações disruptivas. Apresentamos aqui quatro ideias, que estão prestes a ser aplicadas. 3ª Parte: Computadores análogos. 

Klaus Lüber, 17.01.2022
Bernd Ulmann e seu computador análogo
Bernd Ulmann e seu computador análogo © SPRIND GmbH

O computador digital mudou tanto o nosso mundo como quase nenhuma outra tecnologia, sendo que só há um básico princípio de conhecimento para interpretar a realidade. O Prof. Dr. Bernd Ulmann, perito em informática, explica isso da seguinte maneira: corta-se uma pergunta em pedacinhos, solucionando o problema passo a passo através de uma instrução central, definida com muita precisão, o algoritmo. Para tanto, é necessário armazenar comandos na memória do computador.

Esse processo é extremamente bem sucedido, mas tem os seus limites. Um deles é o enorme consumo de energia através de bilhões de operações matemáticas por segundo, que um computador tem que fazer para calcular problemas complexos. E não se podem também aumentar arbitrariamente as unidades calculadas paralelamente, que atingem a casa dos bilhões e que os supercomputadores podem fazer com grande rapidez, pois essas unidades não podem se tornar menores que os átomos empregados para a formação de circuitos.

Computadores análogos assemelham-se a redes neurais

Por isso, Ulmann está planejando reativar um computador que calcula de maneira completamente diferente e que dominava o mercado nas décadas de 1940 a 1970, quando se tratava de questões científicas complexas – o computador análogo. Enquanto um computador digital somente possui poucas unidades de cálculo, que processam comandos simples com extrema velocidade, um computador análogo é composto por um grande número de elementos de cálculo, ou seja, de algumas dúzias a mais de mil e, futuramente, de milhões deles e que podem ser interconectados entre si, explica o perito. Em vez de trabalhar passo a passo e transmitir bilhões de bits de cá para lá, a questão nesse circuito será reconstruída eletronicamente. O resultado será então efetuado através de medição.

Desse modo, os computadores análogos se assemelham a redes neurais biológicas, como a do cérebro, que podem processar enormes quantidades de informações, sem consumir mais energia do que uma lâmpada de 30 Watts. Por isso, um dos principais setores de emprego, para  Ulmann, está no campo da Inteligência Artificial, que imita tais estruturas de rede. Se essas máquinas fossem empregadas de forma inteligente, elas seriam muito superiores aos computadores digitais.  

Ao contrário do enorme número de cabos de conexão dos computadores análogos, Bernd Ulmann está elaborando um chip, no qual as interconexões podem ser configuradas a gosto. O controle seria feito através de um computador digital, que se conecta com o computador análogo, formando um sistema híbrido. Sobre isso, Ulmann diz à faz.net: “Computadores análogos são os passos mais naturais dos nossos sistemas de computadores, visando cada vez mais eficiência de processamento e eficiência de energia”.

© www.deutschland.de

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