A União é a clara vencedora

A união democrática cristã da CDU-CSU é a clara vencedora das eleições para o Bundestag em 2013. De acordo com o resultado oficial provisório, ela conquistou 41,5% dos votos e teve um aumento claro no número de votos, em relação às eleições de 2009. Ao que tudo indica, Angela Merkel deverá continuar na chefia do governo, mas não poderá manter a sua coalizão governamental com o Partido Liberal Democrático (FDP) que, com seu candidato principal Rainer Brüderle, perdeu quase 10% em relação às eleições de 2009, obtendo no final um resultado de 4,8% dos votos. Com isto, o partido não logrou superar o limite mínimo de 5% dos votos para a conquista de mandatos parlamentares.

Na nova legislatura do Bundestag, a União terá 311 do total de 630 mandatos e por pouco não conquistou uma maioria própria no Parlamento. Assim, a CDU-CSU – com Angela Merkel na liderança – terá de buscar um novo parceiro de coalizão. Seria possível a formação de uma chamada “grande coalizão” com o SPD. O Partido Social Democrático da Alemanha (SPD), com o candidato a chanceler Peer Steinbrück, logrou um pequeno aumento da sua votação, ficando no final com 25,7% dos votos. Isto não foi suficiente para a formação da desejada coligação governamental com o partidos dos Verdes, cujo resultado foi pior que há quatro anos, com a obtenção de 8,4% dos votos.

O partido A Esquerda (“Die Linke”) logrou 8,6% dos votos. Havia grande expectativa quanto ao resultado do partido “Alternativa para a Alemanha” (AfD), contrário ao euro e à união monetária, que se submeteu pela primeira vez à votação popular. O partido conquistou 4,7% dos votos e não logrou conquistar mandatos parlamentares. O Partido dos Piratas, por sua vez, fracassou inteiramente no intento de superar a barreira mínima de 5% dos votos, logrando apenas 2,2% dos votos. Com isto, apenas quatro partidos estarão representados no novo Parlamento.

O comparecimento às urnas ficou em torno de 71,5% do eleitorado (o voto na Alemanha não é obrigatório). Com isto, aumentou ligeiramente em comparação com as eleições parlamentares de 2009, quando 70,8% dos eleitores compareceram às urnas.