Saúde e população mundial
Uma entrevista com Renate Bähr, diretora-geral da Fundação Alemã População Mundial, sobre a contribuição alemã para a Agenda de Desenvolvimento que sucederá os Objetivos do Milênio
A população mundial está crescendo depressa. No começo de 2014 existiam no mundo 7,2 bilhões de pessoas. Segundo estimativas das Nações Unidas (UNO), a população mundial poderia aumentar a mais de nove bilhões de pessoas até 2050, a maioria das quais nos países em desenvolvimento. Par que a pobreza seja combatida nesses países – como prescrevem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU – o crescimento da população tem que ser reduzido. A condição para tanto é a realização do “Direito à saúde sexual e reprodutiva”, como está assentado em tratados internacionais e que também é promovido pela renomada Fundação Alemã População Mundial (DSW). Uma entrevista com sua diretora-geral Renate Bähr, por ocasião do Dia da População Mundial.
Qual foi o sucesso da Fundação População Mundial que a fez ficar muito orgulhosa?
Conseguimos alcançar muitíssimo através do nosso trabalho com os jovens de países em desenvolvimento e através do nosso trabalho político. Mais de 17 milhões de jovens na Etiópia, no Quênia, na Tanzânia e em Uganda, por exemplo, ficaram sabendo, através de nós, como eles podem evitar situações de gravidez não desejadas e se proteger contra o HIV e a AIDS. Estou muito feliz de que o Conselho Parlamentar para a População e o Desenvolvimento, constituído por quase 30 deputados federias de todas as frações, é um importante círculo de ajuda dos nossos objetivos.
O projeto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, da ONU, termina em 2015. Qual será o enfoque quanto aos próximos objetivos?
Com respeito aos objetivos que se seguirão, a saúde deverá ter uma grande importância. A Fundação Alemã População Mundial está empenhada em que a nova agenda contenha um objetivo de saúde próprio e ambicioso. Além disso, a saúde deverá ser considerada um componente de outros objetivos, como a educação, o meio ambiente e questões de distribuição justa. Neste particular é importante formular bem o objetivo de saúde, pois ele tem que abranger um setor muito amplo, como HIV, doenças tropicais, saúde sexual e reprodutiva, direito e fortalecimento de sistemas de saúde.
O que a Alemanha pode fazer a esse respeito?
Espero que o governo federal alemão atue nas negociações com posições ambiciosas e progressivas. É para mim uma grande satisfação que o governo alemão se expressou no seu documento básico “Post-2015”, tomando uma posição favorável a um objetivo de saúde autônomo. Mas a concreta implementação desse objetivo ainda tem que ser melhorada, para que todas as pessoas tenham acesso a cuidados adequados da saúde.
Dia Mundial da População, em 11 de julho
