A autora americana de sucesso Nell Zink na Alemanha
Nell Zink vivia retirada numa pequena cidade alemã – até que uma carta para Jonathan Franzen ajudou a impulsionar a sua carreira.

Na verdade, ela só queria provar a Jonathan Franzen, que se podia juntar num livro a ornitologia e a alta literatura. E então, no outono setentrional de 2014, o romance de estreia de Nell Zink, “The Wallcreeper”, tornou-se a sensação literária nos EUA. Os críticos falaram de uma “obra-prima”, de “um talento extraordinário” e de uma “admirável originalidade”. A romancista debutante Nell Zink, então com 50 anos de idade, é citada desde o lançamento do seu livro no mesmo contexto com John Irving ou Joseph Heller.
Nell Zink nasceu na Califórnia em 1964 e foi criada no interior de Virginia. Ela estudou Filosofia em Williamsburg. Com 29 anos, ela fundou uma banda juntamente com o seu marido na época e publicou uma “fanzine” com o título de “Animal Review”, que trazia críticas de música e estórias de animais. Uma das estórias de Zink caiu, por acaso, nas mãos de um musicólogo israelense. Eles se conheceram e casaram-se oito meses depois, mudando-se para os subúrbios de Tel Aviv. Em Israel, Zink fez amizade com o escritor Avner Shats. Ela escreveu estórias para ele, como também posteriormente para seus amigos em Tübingen (Alemanha). No ano 2000, ela se mudou para cidade às margens do rio Neckar, que já ficara conhecendo na sua adolescência. Lá, Zink fez seu doutorado em Ciências da Mídia, trabalhou no jornal “Schwäbisches Tagblatt” e também como tradutora numa agência.
O próximo livro virá no outono setentrional de 2016
Quando seu círculo de amigos se mudou para Berlim, Zink foi junto. Mas, como ela não podia financiar a vida em Berlim, a autora ocasional transferiu-se para Bad Belzig, nas proximidades. Lá, sobre o colchão de um apartamento estudantil de um quarto, surgiu o romance “The Wallcreeper”. O impulso inicial para isto veio de ninguém menos que o autor “best-seller” americano Jonathan Franzen, um ornitólogo amador. Reagindo a um artigo de Franzen sobre o assassinato de pássaros no Mediterrâneo, a engajada ecologista e protetora de animais Nell Zink escreveu a ele uma resposta. Entre os dois surgiu uma troca de correspondência, na qual Franzen recomendou a Zink que ela própria publicasse algo. Como por costume, Zink ressalta ainda hoje, que ela só escreveu o seu livro de estreia, “The Wallcreeper”, com estórias doidas e fantásticas do cenário ecológico-ativista alemão, para Franzen e não para o público em geral.
Mas, pouco a pouco, Nell Zink deve conformar-se de que não pode mais excluir o público da sua criação literária. Seu segundo romance “Mislaid”, publicado nos EUA em 2015, foi nomeado para o National Book Award. Seu terceiro livro, “Nicotine”, deverá ser lançado no outono setentrional de 2016.