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A tendência dos brinquedos em 2014

Por ocasião da Feira de Brinquedos de Nuremberg, uma entrevista com o perito Axel Dammler sobre a coexistência entre os brinquedos tradicionais e os “Toys 3.0”.

29.01.2014
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picture-alliance/dpa - Spielwarenmesse © picture-alliance/dpa - Spielwarenmesse

Sr. Dammler, os brinquedos tradicionais como bonecas, peças para montagem e jogos de tabuleiro foram inteiramente superados pelo desenvolvimento digital?

Não, ainda são apreciados os brinquedos tradicionais. Mas no início deste milênio, os videogames estavam bem no alto da preferência das crianças. Entre os meninos, por exemplo, eles superaram os jogos de construção. Hoje já é diferente. Também por que os brinquedos tradicionais continuam a ser desenvolvidos e incorporam tendências, por exemplo, da “Guerra nas Estrelas”. Existe uma coexistência pacífica. Entre os meninos, pode-se encontrar ainda o tradicional carrinho e os pequeninos adoram os trenzinhos de madeira. Jogos de tabuleiro, jogos de cartas e quebra-cabeças também são apreciados, mesmo por que assim se pode jogar junto com os pais. Os bichinhos de pelúcia continuam desempenhando importante papel psicológico. No entanto, as crianças abandonam mais cedo os brinquedos tradicionais, pois chega o momento em que os jogos eletrônicos se tornam mais interessantes.

Existem diferenças nacionais quanto aos brinquedos?

Os alemães são compradores tradicionais de brinquedos de sistema. Isto quer dizer, nós começamos, por exemplo, com uma Barbie ou com o Playmobil e compramos então cada vez mais complementos. Somos atentos para a durabilidade, por isto não existe em nenhum outro país um mercado tão forte para brinquedos de segunda mão como na Alemanha.

Após vários anos de discussão sobre diferenças de gênero, houve mudança no comportamento lúdico de meninos e meninas?

Mesmo que alguns não gostem de ouvir isto, mas através da minha longa experiência com crianças e jovens eu sei que o comportamento lúdico é marcado pelas preferências específicas do sexo. Ou seja, as meninas têm muito mais prazer em cuidar de bonecas ou em brincar com uma fazendinha. Este tipo de brinquedo não interessa aos meninos, eles são mais orientados para a competição. Estas diferenças foram banidas nas discussões de longos anos, mas eu as vejo entre as crianças, indiferente do que lhes é oferecido pelos pais. Contudo, a indústria também reforça ainda mais essa tendência das crianças.

E qual foi o seu brinquedo predileto?

Eu já era um fã do Lego quando criança e continuo sendo ainda hoje. Construí o Taj Mahal com 6000 peças e a Torre Eiffel. Agora, a Ópera de Sydney ainda está à minha espera.

Feira Internacional de Brinquedos de Nuremberg, de 29 de janeiro a 3 de fevereiro de 2014 

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