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Aula sobre a mesada

Os jovens sabem o suficiente sobre dinheiro? Três opiniões sobre uma disciplina escolar, que é importante para compreender o mundo. 

23.03.2018
Disciplina escolar Economia: a forma de lidar com dinheiro é competência importante no dia a dia.
A forma de lidar com dinheiro é competência importante no dia a dia. © goodluz/stock.adobe.de

Alemanha. Receitas, despesas, mesada e custo de vida: os contextos econômicos de uma sociedade globalizada não são nada simples de se entender. Uma aluna, uma professora e um monitor voluntário contam porque a disciplina escolar Economia é tão importante e de que depende o seu êxito.

O monitor Adrian Berger (30 anos), de Frankfurt, promove «workshops» em escolas, sobre temas econômicos, para a iniciativa de utilidade pública “My Finance Coach”.

“Os temas econômicos são na nossa vida de hoje muito mais relevantes do que antes. Por essa razão é importante que fique claro especialmente para os jovens, o quanto nós nos envolvemos diariamente em transações financeiras. Por exemplo, quem possui um telefone celular deve saber o que significa ter um contrato de dois anos de duração, o qual não pode ser simplesmente cancelado. Ou que consequências podem ter as compras digitais, efetuadas com um ou dois cliques”. 

É importante que fique claro para os jovens, o quanto nós nos envolvemos diariamente em transações financeiras. 
Monitor econômico Adrian Berger

Eu desejo dar aos alunos uma sensibilidade para o dinheiro, por exemplo, para o que significa economizar ou pagar contas com cartão de débito. Muitos alunos sonham com uma motoneta, a fim de ficarem independentes. Mas eles não pensam que terão também custos permanentes com combustível e seguro”. 

Adrian Berger
Adrian Berger © privat

A aluna Wiebke Freitag (17 anos) frequenta a 11ª série do Ginásio Theresia Gerhardinger em Anger, nos subúrbios de Munique, e pretende fazer seu trabalho de conclusão do curso secundário na disciplina escolar Economia.

“Eu acho interessante, examinar a Economia em ligação com a História. Assim se reconhece contextos e consequências para a sociedade. Por exemplo, na grande crise econômica e as muitas demissões há dez anos, causadas através de especulações financeiras sobretudo nos EUA. Eu também acho muito importante entender os efeitos dos créditos ou a função do Banco Central Europeu. Antigamente, eu quase não pensava sobre oferta e demanda ou sobre preços, apesar de que somos confrontados com isso em todo comércio. Agora eu sei como isso funciona. Eu penso talvez estudar Ciências Econômicas ou Administração de Empresas, pois a gente pode lograr muito com isso, profissionalmente”.

Wiebke Freitag
Wiebke Freitag © privat

A professora Monica Falger (49 anos), de Koblenz, leciona Economia e Estudos Sociais na Escola Internacional Alemã (iDSB) em Bruxelas.

“Quem se interessa pelos contextos sociais e pela política, não pode abrir mão da disciplina Economia. Nas minhas aulas, eu abordo temas atuais, por exemplo, a política do presidente americano Trump e as sobretaxas aduaneiras. Não é preciso considerar boa a lógica da competição econômica, para perceber que vale a pena argumentar. Economia é algo para quem pensa de maneira crítica. Eu considero a disciplina interessante, pois para ela convergem Sociologia, Psicologia, Matemática e Direito. Do currículo não consta, contudo, como é que se ganha dinheiro rapidamente”.

Monica Falger
Monica Falger © Fija Lednicka