Pular para conteúdo principal

Conselho Ministerial da OSCE em Hamburgo

O ministro das Relações Externas, Frank-Walter Steinmeier, faz um balanço positivo do Conselho Ministerial da OSCE em Hamburgo.

12.12.2016
© dpa/Malte Ossowski/Sven Simon - OSZE

Dois dias, mais de 40 ministros de Relações Externas e importantes questões da segurança na Europa – o Conselho Ministerial da OSCE em Hamburgo esteve sob o signo de conflitos políticos e debates controversos. No encontro, a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) demonstrou de que é capaz: superando todas as barreiras ideológicas e políticas, a conferência constituiu um espaço para diálogo e entendimento. 

OSCE

“Ameaças sérias para a paz e a segurança, até mesmo para a questão de guerra e paz, retornaram à Europa, e também entre nós em Hamburgo”, afirmou o ministro das Relações Externas, Frank-Walter Steinmeier. Já de antemão havia ficado claro que os conflitos e tensões sobre os acontecimentos na Ucrânia oriental e a anexação da Crimeia não poderiam ser solucionados da noite para o dia.

Para Steinmeier, a reunião do Conselho Ministerial da OSCE foi, exatamente por isso, um sinal importante. “Se a OSCE não existe, seria necessário criá-la”, declarou Steinmeier. Numerosas conversações foram mantidas, em público e nos bastidores. Steinmeier dialogou de forma intensiva sobre as questões mais urgentes da segurança global, também com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e com o seu colega de pasta russo, Sergey Lavrov.

Numa declaração de encerramento da presidência, as partes conflitantes na Ucrânia foram conclamadas a implementar finalmente as regras acertadas no Acordo de Minsk. Houve muito apoio para a iniciativa de Steinmeier, de desenvolver um novo mecanismo para o controle dos armamentos convencionais.

A chamada “troika”, importante para o trabalho da OSCE e composta pela Alemanha, a Áustria e a Itália, declarou que fará do desarmamento uma das suas quatro prioridades. A troika da OSCE é constituída sempre pelo país atualmente na presidência da organização, bem como seu antecessor e seu sucessor. Sua composição muda a cada ano.

No Conselho Ministerial foi discutido não apenas sobre o conflito da Ucrânia. Da migração à segurança cibernética: o Conselho Ministerial tomou mais de dez decisões sobre um amplo leque de temas.

O ministro das Relações Externas Steinmeier afirmou sobre isso, no seu comunicado de encerramento: “Nós demos impulso, a fim de preparar melhor a OSCE para a luta contra o terrorismo. Nós abordamos o tratamento com as armas ligeiras, a questão dos dados pessoais de passageiros aéreos, como também os desafios no espaço cibernético”.

Steinmeier ressaltou além disso: “Na questão do controle armamentista demos um passo decisivo à frente. E abordamos um conflito regional, com uma declaração sobre as negociações da Transnístria, no formato 5mais2. Isso demonstra que progressos são possíveis também em questões difíceis, se cooperarmos de forma pragmática”.

Com o Conselho Ministerial da OSCE, termina também o ano da presidência alemã da OSCE. A Alemanha assumiu o controle do timão numa época turbulenta. “Durante o ano inteiro, exigiu-se realmente de todos – do capitão até a casa de máquinas – aptidão para a navegação em alto-mar, em razão do agitado mar político e das tempestades em cada estação do ano”, afirmou Steinmeier e agradeceu ao secretariado da OSCE pelo bom trabalho conjunto. No próximo ano, a Áustria assume a presidência da OSCE. 

www.auswaertiges-amt.de