“Little Berlin”
A pequena aldeia Mödlareuth, na divisa entre a Turíngia e a Baviera, esteve cortada pela fronteira alemão-alemã por muitos anos, como aconteceu também com Berlim. Agora, ela comemora o 25º aniversário da reunificação.
Mödlareuth, a pequena aldeia de 50 habitantes, esteve cortada pela fronteira alemão-alemã por muitos anos. Um muro dividia a aldeia, sendo que uma parte pertencia ao município bávaro de Töpen e a outra parte, do outro lado, à cidade Gefell, na Turíngia. O muro de concreto, de 3,30 metros de altura, era rigorosamente controlado no lado oriental da aldeia. Muitas famílias tinham sido deslocadas e uma delas separada. “Somente depois da queda do muro, os dois irmãos puderam se cumprimentar novamente”, diz hoje a prefeita da localidade Romy Hammerschmidt.
1 000 turistas por habitante
Mödlareuth também é chamada de “Little Berlin”, pois aqui, como em Berlim, a divisão aconteceu no meio do habitat das pessoas. Por esta razão, o dia 3 de outubro, o Dia da Unidade Alemã, é um dia festivo bem especial em Mödlareuth. Essa “Deutschlandfest” (Festa da Alemanha) atrai anualmente de 4 a 5 mil turistas de toda a Alemanha. Quando o então chanceler federal Helmut Kohl visitou essa aldeia, 30 mil pessoas vieram para a festa. “Há muitos visitantes que vêm todo ano para cá”, diz Romy Hammerschmidt. Podem-se ver também um pedaço do muro, as cercas de arame farpado e duas antigas torres de vigilância. Há até mesmo um tanque de guerra e um helicóptero NVA no centro da aldeia. Um museu alemão-alemão documenta a história dessa aldeia que é hoje uma grande atração, pois a relação é de 1 000 turistas para cada cidadão de Mödlareuth.
No dia da unificação, o museu viajará. Ele foi convidado por Frankfurt, onde acontecerão neste ano as festividades da Reunificação Alemã, ocupando um lugar na praça Liebfrauenberg. Romy Hammerschmidt ficará em Mödlareuth: “Uma festa tão grande como esta não existe sempre por aqui. É algo diferente”.