Assembleia anual do Banco Asiático de Desenvolvimento em Frankfurt
No início de maio, Frankfurt do Meno será anfitriã da assembleia anual do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB). Uma entrevista com Hans-Joachim Fuchtel, diretor do ADB para a Alemanha.
Sr. Fuchtel, há 50 anos foi fundado o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB). Em 2016, a Alemanha é pela primeira vez a anfitriã da assembleia anual do ADB, de 2 até 5 de maio. Que argumentos foram a favor da Alemanha ou de Frankfurt como local do encontro?
Eu me alegro que tenhamos conseguido, após 49 anos de filiação, trazer a assembleia geral pela primeira vez para a Alemanha – uma chance única de pôr o tema da sustentabilidade novamente no centro das atenções, após as conferências mundiais em Nova York e Paris, e para apresentar o nosso ponto de vista. Vale a pena certamente, debater as nossas experiências com mais de 3000 altos representantes do mundo econômico e financeiro da Ásia. Só poderemos cumprir as grandes tarefas do futuro neste planeta juntamente com a Ásia. A Alemanha tem muito a oferecer: temos uma economia forte, somos o país da virada energética e de muitas ideias. Virão a Frankfurt pelo menos 35 ministros das Finanças e chefes de Bancos Centrais da Ásia, entre os quais também os dos grandes países emergentes China, Índia e Indonésia. Frankfurt promete interlocutores de alto quilate: a cidade é sede do Banco Central Europeu e do Banco Central Alemão, bem como dos grandes bancos comerciais alemães. Da assembleia anual participarão a chanceler federal Angela Merkel, o presidente do BCE Draghi, o presidente do Banco Central Alemão Weidmann, o ex-presidente alemão Köhler, o ministro federal do Desenvolvimento Müller e muitas outras personalidades consagradas.
No seu convite para a assembleia anual, o senhor afirma que 2015 foi o ano dos compromissos históricos. 2016 deverá ser o ponto de partida da implementação. Qual é a meta da assembleia anual?
Nesta assembleia geral, vão encontrar-se no parque de exposições de Frankfurt todos os importantes detentores de poder de decisão na política financeira da Ásia, Europa, EUA e Canadá. Esta chance única tem de gerar impulsos! Vamos encaminhar uma parceria estratégica com o ADB no setor climático e na qualificação profissional, buscamos uma nova qualidade da cooperação. Além disto, pretendemos fomentar produtos financeiros inovadores, a fim de envolver mais o setor privado no desenvolvimento sustentável. Todos nós sabemos: os recursos públicos não serão nem de longe suficientes para vencer a luta contra a mudança climática e a pobreza. Tematicamente, daremos enfoque à proteção do clima e o abastecimento energético, às cadeias sustentáveis de produção e de fornecimento, à formação profissional e a um desenvolvimento urbano sustentável. Nisto, a Alemanha possui competência reconhecida internacionalmente e pode mostrar como o êxito econômico e a sustentabilidade podem marchar lado a lado.
Com inúmeros participantes de vulto e mais de 3000 convidados, a assembleia geral é um dos mais importantes eventos internacionais de 2016 na Alemanha. O que a Alemanha pode oferecer em relação ao tema “Sustentabilidade”?
A dimensão do evento tornou-se ainda mais clara para nós durante os preparativos: as tecnologias alemãs da virada energética são um bem cobiçado no exterior. Somente em 2015, os lucros de exportação desse setor atingiram entre 8 e 9 bilhões de euros. Nosso modelo da formação profissional dual é um sucesso de exportação e muito interessante para os países asiáticos, a fim de formar mais jovens sobretudo com experiência prática. Um outro importante “farol da sustentabilidade” é a União Têxtil para padrões justos e sustentáveis de produção, iniciada pelo ministro Müller, que possui entrementes mais de 170 filiados, entre os quais também empresas renomadas de Bangladesh.
No parque de exposições de Frankfurt, os participantes deverão dialogar sobre o tema “Sustentabilidade” e em excursões a importantes empresas ou institutos de pesquisa deverão receber novas inspirações. O que o senhor planeja concretamente?
Nós desenvolvemos um novo formato – a “City of Sustainability”. Trata-se de uma grande área de exposição, na qual não apenas diversos ministérios, mas também empresas, bancos, instituições de pesquisas e organizações não governamentais apresentam seus produtos de sustentabilidade. Rodadas de discussões, entrevistas e apresentações ao vivo deverão inspirar o maior número possível de convidados e atores, a iniciar um diálogo entre si e a ampliar as redes de contatos. Como anfitriões da assembleia geral, desejamos apresentar como funcionam as iniciativas sustentáveis na Alemanha. Os participantes podem obter conhecimento da formação profissional na Alemanha, conversando com os aprendizes de uma empresa alemã nas proximidades de Frankfurt. Sobre os desenvolvimentos mais recentes de produtos que poupam os recursos naturais e são energeticamente eficientes, os participantes podem informar-se no Instituto Fraunhofer UMSICHT em Oberhausen.
Durante a assembleia anual do ADB, também poderá ser visitada em Frankfurt a exposição itinerante “Virada Energética da Alemanha”: a mostra preparada pela Sociedade Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) apresenta as mais importantes etapas no caminho para a virada energética. A exposição também poderá ser vista em 2016 provavelmente nos seguintes lugares: 20/5-9/6, na Cidade do Cabo (Conferência Africana da Virada Energética); de 1º a 3/6, em São Francisco (Clean Energy Ministerial); a partir de 5/6, na Cidade do México (abertura do Ano da Alemanha no México).
