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“Podemos aprender muito das religiões”

Como as religiões podem promover a paz e qual é a importância das mulheres neste particular? Disto trata a conferência sobre a responsabilidade das religiões em favor da paz.

18.06.2018
Representantes religiosos de todo o mundo vêm para Berlim.
Representantes religiosos de todo o mundo vêm para Berlim. © dpa

Qual é a responsabilidade das religiões no processo de paz no mundo e qual é o apoio que elas necessitam? Dirk Lölke é diretor do grupo de trabalho do Departamento de Cultura e Comunicação do Ministério Federal das Relações Externas, respondendo aqui as perguntas mais importantes perguntas sobre a Conferência de Paz de Berlim.

Dirk Lölke, diretor do grupo de trabalho “Responsabilidade das religiões em favor da paz” no Ministério Federal das Relações Externas.
Dirk Lölke, diretor do grupo de trabalho “Responsabilidade das religiões em favor da paz” no Ministério Federal das Relações Externas. © Auswärtiges Amt

Senhor Lölke, é a segunda vez que o Ministério Federal das Relações Externas convida os representantes religiosos de todo mundo. Quem são os convidados?
Em 2017, nós nos tínhamos concentrado nos países em volta do Mar Mediterrâneo, na região do Magrebe, no Oriente Médio e na Europa, enfocando respectivamente o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Desta vez, convidamos pessoas da região asiática, da Índia até o Japão e a China. Entre outros, virão também budistas e hindus, que têm, em parte, uma abordagem bem diferente do trabalho de paz, partindo de uma harmonia intrínseca.   

A religiosidade é algo muito emocional. Convicções pessoais ajudam no trabalho de paz?
Vemos nisso uma chance de dialogar com as pessoas não somente a nível racional. As religiões têm suas profundas raízes na sociedade, principalmente fora da Europa Central. Os representantes das comunidades religiosas têm um outro ponto de vista sobre os conflitos, pensando a longo prazo, o que é uma maneira bem sábia de agir. Só podemos aprender com isso. Se a política externa não valorizar esse potencial, perderemos uma parte importante do diálogo em outros países.

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A maioria das chefias das comunidades religiosas é composta por homens. Mas são frequentemente as mulheres que transmitem a formação religiosa às próximas gerações. O Oeste não teria de integrar as mulheres mais intensivamente nesse processo?
Quase 40 por cento dos participantes da nossa conferência no Ministério Federal das Relações Externas são mulheres, o que nos deixa muito orgulhosos, pois, na primeira conferência foram apenas 15 por cento. O papel das mulheres no processo de paz será um dos temas centrais.

O senhor entra em acordo com outros colegas de outros Estados europeus sobre se se deveria cooperar com outras comunidades religiosas a nível de política externa e, se sim, com quais delas?
Existe um intercâmbio com os outros países-membros, mas nem todos os países da UE têm o mesmo nível de atividade nesse setor.  Alguns países são seculares e um tanto reservados. Para a nossa conferência, cooperamos com o Ministério do Exterior da Finlândia. Este país tem muita experiência no trabalho com as religiões, precisamente na Ásia, tendo uma rede própria de promotores tradicionais e religiosos de paz.

Entrevista: Claudia Keller

© www.deutschland.de