Soluções para problemas concretos
A Estratégia de Segurança Nacional é desenvolvida em conjunto – Sophie Deuerlein relata as experiências com a participação dos cidadãos.
A Alemanha adota pela primeira vez uma Estratégia de Segurança Nacional. O objetivo é refletir um amplo consenso social e está sendo desenvolvida com a participação de cidadãos e de especialistas. Em julho, a ministra das Relações Externas Annalena Baerbock visitou algumas das sete reuniões de Câmaras Municipais de toda a Alemanha. Sophie Deuerlein informa sobre a reunião em Ravensburg e o posterior “Open Situation Room” em Berlim:
“Tudo começou com uma carta do Ministério das Relações Externas. Fiquei surpresa porque nunca havia recebido correspondência do Ministério das Relações Externas. Três mil pessoas na região de Ravensburg foram indagadas se queriam participar de uma reunião na Câmara Municipal. 50 pessoas foram então selecionadas para representar a população de Ravensburg. Nossos temas foram negócios internacionais e cadeias de fornecimento – e o desafio de como estas últimas podem ser protegidas contra pandemias, crises, desastres climáticos ou conflitos militares, por exemplo. Isto foi muito interessante para mim porque estou escrevendo minha tese de mestrado sobre fronteiras do planeta, que trata também dos riscos ecológicos e sociais nas cadeias de abastecimento. Discutimos em grupos de cerca de dez pessoas, com respectiva orientação. Isso foi importante, porque quando tínhamos perguntas técnicas, obtivemos respostas bem fundamentadas. Mas a conversa também foi muito sobre temores pessoais. Afinal, tratava-se de coletar temas a serem considerados na Estratégia de Segurança Nacional. Ficou claro que as gerações têm problemas muito diferentes, por exemplo, quando se trata do coronavírus ou, especialmente, quando se trata da mudança climática.
Para mim foi muito bom estar presente em Berlim no “Open Situation Room”. Isso completou muito bem o processo. Lá lidamos com os riscos e perigos econômicos, sociais e ecológicos. Metade dos participantes eram cidadãs e cidadãos e a outra metade, especialistas de diferentes áreas. Isto foi muito bom para a qualidade profissional da discussão. As discussões foram muito focadas em soluções para problemas concretos, não em temores pessoais. Nosso resultado foi que temos de criar incentivos para mudar fundamentalmente a maneira como fazemos negócios e como consumimos – especialmente sob o aspecto da sustentabilidade. Se pudermos mudar alguma coisa nisto, então poderemos realmente progredir em muitas questões de segurança.
No todo, foi um processo verdadeiramente democrático. Opiniões muito diferentes foram expressas, problemas muito diferentes foram citados e soluções foram propostas. Todos foram ouvidos e respondidos, e daí foram então desenvolvidas soluções. Achei isso muito agradável e realmente voltado para os objetivos”.
Sophie Dennerlein, 25 anos, estuda Administração de Empresas e Sinologia em Constança e atualmente está concluindo sua tese de mestrado depois de estudar na China por um ano.
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