A luta da Síria contra as minas
Com apoio da Alemanha, as organizações humanitárias Handicap International e HALO Trust estão removendo minas terrestres em áreas contaminadas.
Após quase 14 anos de guerra civil, grande parte da Síria está marcada por uma ameaça invisível: Minas terrestres, explosivos improvisados e munições não detonadas. O país é um dos mais contaminados do mundo. Estima-se que existam entre 100.000 e 300.000 resíduos explosivos de combate escondidos na região, em residências, campos ou estradas. O perigo das minas não só dificulta o retorno dos deslocados internos, como também impede a ajuda humanitária, a reconstrução e o desenvolvimento.
Remoção humanitária de minas na Síria
Há anos que a Alemanha é um dos principais doadores internacionais na área da remoção humanitária de minas. Entre 2022 e 2024, a República Federal da Alemanha foi o segundo maior doador bilateral, atrás apenas dos Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores disponibilizou cerca de 70 milhões de euros para projetos de remoção de minas em todo o mundo em 2024 e colabora com a Handicap International e a Halo Trust na Síria.
Colaboração com parceiros de projeto locais
No nordeste da Síria, a Handicap International remove minas, mapeia zonas de risco e apoia as vítimas com assistência médica, psicológica e social. A prioridade é dada à segurança de escolas, hospitais e estações de tratamento de água. Além da remoção de munições, a organização também cuida das vítimas de acidentes com minas. “As equipes da Handicap International prestam assistência aos feridos com fisioterapia, cadeiras de rodas, andadores e próteses. Além disso, as pessoas, na maioria gravemente traumatizadas, recebem apoio psicossocial”, explica Huberta von Roedern, chefe de imprensa e comunicação pública da organização.
A Halo Trust atua no noroeste e no sul do país desde 2016. “Usamos as mais modernas tecnologias de medição e drones e planejamos testar o uso de aprendizado de máquina baseado em IA para acelerar os processos de remoção em grandes áreas”, afirma o diretor de comunicações Paul McCann. Cerca de 250 funcionários locais também informam sobre os perigos das minas em escolas, centros comunitários, mesquitas e, até mesmo, nos campos. As iniciativas já impactaram mais de 700.000 pessoas.
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Abrir formulário de consentimentoAntigas linhas de frente fortemente minadas
No entanto, o desafio ainda é enorme. Especialmente ao longo das antigas linhas de frente, que se estendem por centenas de quilômetros pelo país, vastas áreas ainda estão fortemente minadas. No local, ainda são frequentemente encontrados artefatos não detonados, bombas de fragmentação e foguetes, muitas vezes em zonas habitadas ou áreas de cultivo.