Um mundo sem pobreza
Todas as crianças vão à escola, fome e sede já não existem: como o mundo poderia ser, se a «Agenda 2030» das Nações Unidas obtiver êxito, mostra uma exposição no Ministério das Relações Externas.
Alemanha. Sobre a pobreza há estudos, levantamentos, livros – com números, definições, relatórios nacionais. Algumas vezes, porém, uma imagem e uma citação podem dizer mais que muitos fatos. Como a foto do ancião nas Filipinas. Ele está agachado diante de uma parede suja e numa frase diz tudo sobre o grande tema: «Minha luta mais dura todos os dias: encontrar algo para comer». Ele vive em Manila, a megalópole de 12 milhões de habitantes, formada a partir de muitas cidades, onde é grande o contraste entre pobres e ricos.
O filipino é um dos protagonistas da série fotográfica «Menschen MEINER Welt» («Pessoas DO MEU mundo»). Ela pode ser vista até o dia 10 de maio no átrio do Ministério das Relações Externas em Berlim, na exposição «As Nações Unidas na Alemanha sob o signo da Agenda 2030». As fotos e citações de pessoas de muitos países distintos ilustram a enquete mundial das Nações Unidas «My World». Nela, 10 milhões de pessoas em 194 países forneceram informação sobre o que é importante para elas. Bem no alto da lista, isso também é mostrado pela exposição, está a educação das crianças, seguida de melhor assistência de saúde e mais chances de emprego. Só no final das prioridades pessoais é que vem a preservação das florestas e mares, melhores conexões de telefone e internet e medidas contra a mudança do clima.
Marcos da política de desenvolvimento
A enquete apoia-se nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Goals, SDG), que substituíram os Objetivos do Milênio em 2016 e que devem ser logrados até o ano de 2030. Como o mundo será, se a «Agenda 2030» obtiver êxito, é demonstrado numa animação interativa no átrio: todas as crianças vão à escola, as mães sobrevivem aos partos, já não existe fome e pobreza e há água potável em todas as partes. O ministro das Relações Externas, Sigmar Gabriel, classificou os objetivos que formam em conjunto a «Agenda 2030», como «marco para a ordem internacional».
A Campanha de Ação da SDG torna conhecidos em todo o mundo os objetivos de sustentabilidade e a sua implementação. Sua sede é em Bonn – e com isso, ela é a 19ª instituição das Nações Unidas na cidade. No total, 1000 pessoas trabalham hoje em Bonn para as Nações Unidas (ONU) – por exemplo, para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) ou para a Universidade das Nações Unidas (UNU). Apresentar o trabalho das instituições da ONU na Alemanha é mais um tema da exposição. Enquanto Bonn é conhecida por muitos como a maior sede da ONU na Alemanha e não surpreende o fato de que as organizações da ONU, da OIT até o ACNUR, mantenham escritório em Berlim, outras instituições são antes desconhecidas: o Tribunal Internacional do Direito do Mar em Hamburgo, por exemplo, ou a UNU-Flores, subsidiária da UNU, em Dresden.
Novas ideias contra a fome
Uma das mais recentes e interessantes instituições da ONU encontra-se em Munique: num Acelerador de Inovação do World Food Program (WFP) da ONU trabalham lá, desde 2016, funcionários do programa de nutrição WFP num escritório com cientistas e representantes do setor econômico, bem como da sociedade civil. No estilo de uma start-up clássica, eles trabalham conjuntamente em ideias e soluções para um mundo sem fome. Em menos de um ano, o Acelerador de Inovação já está fomentando 20 projetos do WFP em todo o mundo – seu trabalho é apoiado pelo Ministério das Relações Externas, pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento e pelo Ministério Estadual Bávaro de Alimentação, Agricultura e Silvicultura.
Deutschland.de – Dossiê sobre Bonn, cidade da ONU
Exposição «As Nações Unidas na Alemanha sob o signo da Agenda 2030» (em alemão), Ministério das Relações Externas, Berlim, até 10 de maio de 2017.
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