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Entrevista com o presidente do Instituto Goethe

Cerca de 6 000 línguas são atualmente faladas. O Instituto Goete transmite a língua e a cultura alemãs em todo o Globo. Três perguntas a Klaus-Dieter Lehmann, presidente do Instituto Goethe, sobre o Dia Internacional da Língua Materna.

19.02.2013
© picture-alliance/dpa

Senhor Lehmann, o inglês é indiscutível como língua mundial. E cada vez mais pessoas estão aprendendo chinês. Por que vale a pena aprender alemão?

Lehmann: Meu lema é: O inglês já dá para ajudar, mas com o alemão a gente vai mais adiante. Uma língua não é apenas um meio de comunicação, mas também portadora de cultura. Quem fala uma língua estrangeira tem acesso à cultura e identidade de um país, ampliando assim seu próprio horizonte. Isto é, para mim, a base ideal detrás do aprendizado da língua, a qual se estende a razões pragmáticas, como o acesso à Alemanha como praça econômica e mercado de trabalho. Portanto, uma política de língua, para mim, tem também que comportar o valor do poliglotismo para a própria vida e a visão do mundo.

Ouve-se frequentemente que o alemão é uma língua difícil. O que o Instituto Goethe faz para que as pessoas tenham prazer em aprender alemão?

A base importante continua sendo a formação e o aperfeiçoamento de professores alemães em todo o mundo, pois o gosto em aprender tem relação estreita com a qualidade do professor.  Frente ao desafio de entusiasmar os jovens a aprender alemão na era digital, reagimos com o desenvolvimento de Apps e jogos didáticos próprios, com a crescente integração de ofertas digitais no ensino e nas campanhas de língua na mídia social. Na Polônia, na França, na Itália e na Grécia, empregamos carros utilitários coloridos, os “Deutsch-Mobile”, para promover a língua alemã de forma prazerosa. Suas agendas estão lotadas de pedidos das escolas.

Quais países têm atualmente o maior interesse na língua alemã? Como o Instituto Goethe reage?

Tivemos nos últimos anos um crescimento muito grande nos países do sul da Europa, onde jovens com boa formação não encontram emprego agora, nesta época de crise, procurando uma perspectiva profissional temporária na Alemanha. Para este caso, o Instituto Goethe desenvolveu diversas ofertas apropriadas, como cursos especiais de língua para enfermeiros, advogados, médicos e engenheiros, acompanhados por eventos de contato com empregadores potenciais da Alemanha. O interesse no alemão ainda continua firme na Índia, onde o Instituto Goethe assinou em 2011 um contrato com uma cadeia de escolas daquele país sobre a introdução do alemão como língua estrangeira em 1 000 escolas. Desta maneira, ganharemos nos próximos anos um milhão de novos alunos da língua alemã.

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