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Parceiras do futuro

As escolas internacionais alemãs oferecem um desempenho extraordinário – o Ministério das Relações Externas fomenta intensivamente a sua rede internacional.

06.08.2014
© Michael Gottschalk/photothek.net - PASCH

Entusiasmo, engajamento, tolerância – sentiu-se tudo isto em Berlim, durante o quarto congresso mundial das Escolas Internacionais Alemãs, no Ministério das Relações Externas e na Casa das Culturas do Mundo. Ao lado de cerca de 450 diretores, chefes e administradores das 141 Escolas Internacionais Alemãs, tomaram parte do congresso mundial em 2014, pela primeira vez, também os assessores técnicos do Departamento Central Alemão para Ensino no Exterior (ZfA), como representantes de cerca de 1100 escolas internacionais com o Diploma de Língua Alemã (“escolas DSD”). Eles mantiveram contato entre si e também com personalidades dos setores de educação, economia, ciência e política. Estes últimos não deixaram dúvidas sobre a importância das escolas. O ministro das Relações Externas, Frank-Walter Steinmeier, falou da tarefa das escolas alemãs no exterior como um “componente elementar da política externa alemã”.

Que importantes escolas são essas? Durante seu discurso de abertura do congresso, Steinmeier deixou claro que são parceiras importantes para o intercâmbio da Alemanha com outros países: “A nossa rede com o mundo é uma via de mão dupla. Ela transforma o mundo, mas ela também transforma o nosso país. Por isto, a política educacional externa significa para mim: aprender para o mundo, tanto quanto aprender do mundo”. As Escolas Internacionais Alemãs são lugar de encontro e diálogo intercultural. Há muito, oferecem mais que formação e educação da mais alta qualidade para filhos de alemães que trabalham no exterior. A grande maioria ensina a cultura e a língua alemãs a alunos dos diversos países anfitriões e círculos culturais: aprendizado conjunto como base para um futuro comum.

Quase quatro quintos dos alunos de Escolas Internacionais Alemãs vêm entretanto dos países anfitriões. No fim da vida escolar, recebem, via de regra, um certificado escolar alemão e um certificado do país anfitrião. Muitos aproveitam seu “Abitur” para ingressar em universidades alemãs: frequentemente, as ligações com a Alemanha perduram também na vida profissional. Surgem redes, das quais se beneficiam os dois lados: nas relações econômicas, no intercâmbio cultural ou no diálogo político. O espírito de redes é uma tendência global. No congresso mundial, Frank-Walter Steinmeier falou também sobre o projeto “Review 2014”, que perquiriu numerosos peritos internacionais sobre suas expectativas quanto à política externa alemã. Nas respostas, assim Steinmeier, sempre sugiram conceitos como “intermediação, estabelecimento de pontes, sensibilidade intercultural, compreensão”. Que as escolas podem desempenhar papel importante nesse sentido, Steinmeier já deixou claro no seu primeiro mandato como ministro das Relações Externas, de 2005 até 2009.

Em 2008, o Ministério das Relações Externas lançou a iniciativa “Escolas: Parceiras do Futuro” (PASCH). Começou a construção mundial da rede internacional de escolas que ensinam a língua alemã. Desde 2008, o número de Escolas Internacionais Alemãs aumentou de 117 para 141; o das escolas DSD, de 440 para 1072. Tanto as Escolas Internacionais Alemãs como as escolas DSD são orientadas pela ZfA. Também parte da rede são as escolas FIT, introduzidas com a PASCH. Existem entretanto, em diversos sistemas nacionais de educação, 584 escolas desse tipo, em que aulas de alemão foram introduzidas e ampliadas, sob orientação do Instituto Goethe. Assim, torna-se clara a abrangência do engajamento: o número de escolas que o Ministério das Relações Externas fomenta no âmbito do seu trabalho com as escolas no exterior, aumentou desde 2008 de cerca de 550 para quase 1800. Elas se reúnem sob a égide da iniciativa PASCH, para se intercambiar e formar redes diversas. No âmbito da PASCH, também foi ampliado enormemente o programa de bolsas do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) para formandos das Escolas Internacionais Alemãs e das escolas DSD e FIT. As bolsas para um estudo completo na Alemanha foram lançadas mundialmente, pela primeira vez: seu número duplicou de 60 para 120. “Necessitamos urgentemente de jovens talentosos”, ressaltou o ministro de Relações Externas Steinmeier.

Aqui, as Escolas Internacionais Alemãs podem criar uma base valiosa, transmitindo uma imagem variada da Alemanha moderna e da língua alemã. As escolas tornam-se base de uma cultura das boas-vindas, que o governo federal alemão deseja fomentar intensivamente nos próximos anos. Para Frank-Walter Steinmeier, é igualmente importante o fato de que a Alemanha não tenha interesse numa evasão de talentos dos países parceiros: “Muitos daqueles que formamos irão depois marcar seus países natais, transformar sua sociedade, assumir responsabilidade no mundo”. No congresso mundial das Escolas Internacionais Alemãs, a presidente da Conferência dos Ministros da Cultura, Sylvia Löhrmann, ressaltou que a Alemanha está disposta “a apoiar futuramente com mais vigor também as iniciativas de formação profissional nas Escolas Internacionais”. Isto decorre não apenas da escassez de mão de obra especializada, mas também do desemprego juvenil, dramaticamente alto nos países mais afetados pela recente crise econômica e financeira europeia.

Para que a ideia por trás da iniciativa PASCH, de escolas como “parceiras do futuro”, possa desdobrar-se nos mais diversos setores nos próximos anos, ela necessita de um fundamento estável. Isto foi criado em 2014 com a entrada em vigor da Lei das Escolas Internacionais: pela primeira vez, o fomento das Escolas Internacionais Alemãs ganhou uma base legal própria. As escolas com muitos alunos têm um direito assegurado ao fomento. Basicamente, foi concedida maior autonomia às Escolas Internacionais na administração do seu orçamento e também o fomento das escolas DSD foi fixado legalmente pela primeira vez. Frank-Walter Steinmeier resume as razões para a nova Lei das Escolas Internacionais: “Tudo isto tem uma meta clara. Criar as bases, para que as nossas Escolas Internacionais possam crescer”. ▪