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“Motiva-me a aproximação mundial da Medicina e da Ciência”

A infectologista Marylyn Addo, de Hamburgo, sempre apostou no intercâmbio internacional de pesquisa.

05.03.2021
Marylyn Addo
Marylyn Addo © picture alliance/dpa

Marylyn Addo sabe o que as doenças virais podem fazer. A cientista trabalha regularmente como médica nos leitos da Clínica Universitária de Hamburgo-Eppendorf (UKE). Essa foi sua condição quando ela assumiu a cátedra de professora de Infecções Emergentes na UKE em 2013: Além de trabalhar no laboratório, ela queria passar dois dias por semana com os pacientes. Afinal, “muitas das minhas perguntas científicas surgem do trabalho com os pacientes”. Ela ficou particularmente satisfeita quando uma mulher gravemente doente com Covid-19 e que tinha sido enviada de avião da França pôde voltar para casa com boa saúde.

Foi também na França, que ela descobriu seu interesse por doenças infecciosas. Durante um semestre no exterior nos anos 90, a estudante de Medicina trabalhou numa estação de AIDS e aprendeu também sobre os aspectos sociais da doença. Depois de estudar em Bonn, Estrasburgo e Lausanne e trabalhar em institutos de pesquisa de vírus e vacinas em Londres e Boston, ela se dedicou ao desenvolvimento de vacinas em Hamburgo.

“Já conseguimos aprender muito com as pandemias anteriores”, diz Addo. Em alguns aspectos, a crise do Ebola foi um avanço no controle de doenças. Pela primeira vez, pesquisadores de todo o mundo trabalharam juntos e desenvolveram uma vacina em alta velocidade. Foi Marylyn Addo quem deu a primeira injeção num voluntário e dirigiu a fase dos ensaios clínicos. Pouco tempo depois, a vacina foi aprovada e pôde proteger grande parte da população do Congo.

As informações genéticas sobre o coronavírus estavam disponíveis logo após o surto em Wuhan. Mais uma vez, pesquisadores de todo o mundo se propuseram a desenvolver uma vacina. Também a empresa IDT Biologika, de Dessau, juntamente com o Centro Alemão de Pesquisade Infecções e a Clínica Universitária de Eppendorf, com Marylyn Addo como médica res­ponsável. Entretanto, embora a vacina fosse bem tolerada, ela não foi suficientemente eficaz.
Agora, diz Addo, o foco está na solução dos problemas.

© www.deutschland.de

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