A pesquisa do diabetes
250 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de diabetes. Que progresso está fazendo a pesquisa na luta contra essa doença endêmica?

As células beta são minúsculas, mas de grande importância. Nas ilhotas de Langerhans, no pâncreas, elas produzem insulina, um hormônio mensageiro de importância vital para o organismo humano, sem o qual a glicose não pode ser transformada em glicogênios. A consequência é, então, diabetes. As ilhotas de Langerhans não se constituem apenas de células beta, mas também de outros tipos de células. Juntas, elas asseguram o funcionamento do metabolismo, influenciando também a renovação das células.
Stephan Speier, cientista do Centro de Pesquisa de Terapias Regenerativas da universidade de Dresden (CRTD), dedica-se à pesquisa desse tema complexo. Ele e seu grupo de cientistas pesquisam a biologia e os mecanismos de regeneração das células beta, estudando as possibilidades daí resultantes para finalidades terapêuticas. Tendo em vista essas pesquisas revolucionárias, esse grupo de peritos foi distinguido em 2013 pela Sociedade Alemã de Diabetes (DDG) com o Prêmio Ernst Friedrich. Speier, nascido em 1973, estudou Biologia Humana na universidade de Marburg, concluindo seu doutorado no Instituto Max Planck de Química Biofísica em Göttingen. Após ter feito um estágio de pesquisa no Instituto Karolinska em Estocolmo, ele passou a trabalhar no CRTD, assumindo a direção do grupo de trabalho “Regeneração das células beta”.
No outono europeu de 2013, o pesquisador Andrew Pospisilik, de Freiburg, foi também distinguido com o prêmio para jovens cientistas na conferência da European Association for the Study of Diabetes em Barcelona. Esse canadense e sua doutoranda Tess Lu, do Instituto Max Planck de Biologia Imunológica, descobriram indicações de que o diabetes tipo 2 é causado, em parte, ao fato de que as células de insulina perdem a sua memória epigenética e, assim, sua função.
Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro