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Rastreadora incansável

A historiadora de arte, Bénédicte Savoy, que ensina em Berlim, há muito que lida com o roubo de arte colonial e defende a devolução de bens culturais. 

Bettina MittelstraßBettina Mittelstraß, 12.04.2023
Historiadora de arte Bénédicte Savoy
Historiadora de arte Bénédicte Savoy © picture alliance/dpa

É ainda um prêmio jovem que a professora Bénédicte Savoy recebeu em Berlim em 2022: o Prêmio Alemão de Política Cultural. Foi concedido pelo Conselho Cultural Alemão apenas pela segunda vez - mas teve um peso especial para uma pesquisadora especial que passou toda sua vida profissional trabalhando academicamente e na política cultural para uma nova forma de lidar com o roubo de arte e para a restituição de bens culturais.  

Três bronzes artísticos roubados de Benin
Três bronzes artísticos roubados de Benin © picture alliance / Daniel Bockwoldt/dpa

Devolução dos bronzes beninenses  

Bénédicte Savoy é uma das historiadoras de arte mais respeitadas e inovadoras da Alemanha, Europa e do mundo. É também devido a seu trabalho de pesquisa, seu engajamento e sua perseverança, por exemplo, que a Alemanha devolveu 20 valiosas obras de arte à Nigéria – os bronzes beninenses. As peças históricas foram roubadas junto com muitas outras do palácio do Império de Edo na cidade de Benin em 1897 e algumas delas foram parar em museus alemães. Mas essa devolução é apenas um destaque atual de sua vida como pesquisadora europeia, na qual ela se dedicou à circulação da arte desde o início. Bénédicte Savoy também descobriu uma história de envolvimentos europeus na contínua discussão entre o Cairo e Berlim sobre o busto de Nefertiti

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Estou sempre interessada na perspectiva daqueles que perderam seu patrimônio cultural.
Profª. Historiadora de Arte Dra. Bénédicte Savoy

Bénédicte Savoy é europeia de coração e sua pesquisa também é sobre o meio termo. Sua dissertação na Université Paris 8 já tratava do roubo de arte: o roubo de arte napoleônica na Alemanha por volta de 1800. “Estou sempre interessada na transferência cultural, na aquisição, circulação e apropriação intelectual da arte, e na perspectiva e voz daqueles que perderam seu patrimônio cultural no processo”, diz a investigadora. Em 2016, ela recebeu o prestigioso Prêmio Gottfried Wilhelm Leibniz da Fundação Alemão de Pesquisa por sua notável pesquisa sobre os caminhos e aberrações da arte e por sua busca pelos fatos ainda não contados nos arquivos desse mundo. 

© www.deutschland.de 

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