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O primeiro computador veio da Alemanha

Há 75 anos, Konrad Zuse apresentou o Z3, o primeiro computador que realmente funcionava.

11.05.2016
© dpa/Uwe Zucchi - Konrad Zuse

As crianças jogam videogames, minicomputadores controlam a máquina de lavar roupas, assistentes eletrônicos facilitam a tarefa dos motoristas, a tecnologia vestível registra as funções vitais. Os smartphones, tablets e micros são encontrados em quase todas as residências. Os supercomputadores elaboram a previsão do tempo. E uma nova geração de computadores, apresentada recentemente na Feira de Hanôver como “cognitive computing”, já pode até mesmo interagir diretamente com as pessoas. Uma vida sem computador é hoje praticamente inimaginável.

Há mais de 75 anos, isto era diferente. Em 12 de maio de 1941, o inventor alemão Konrad Zuse apresentou o Z3, o primeiro computador que realmente funcionava. Ele podia apenas multiplicar, dividir, extrair a raiz quadrada e não armazenava mais que 64 palavras, mas foi o primeiro computador programável do mundo, que operava com o sistema digital binário. “Não houve uma grande repercussão: nenhuma notícia na imprensa, nenhuma sensação mundial – era época de guerra”, relata Horst Zuse, o filho mais velho do visionário dos computadores. Há alguns anos, ele apresentou também a sua própria reconstrução do Z3, fiel ao original, que foi destruído em dezembro de 1943, durante um bombardeio aéreo.

Após a guerra, Konrad Zuse tentou ganhar dinheiro com a sua ideia e fundou em Hessen a sua própria firma. Na década de 1960, ela foi comprada pela Siemens. A concorrência dos Estados Unidos, mas também da Alemanha, já havia há muito recuperado terreno, superando Zuse. Mas a ele restou a fama histórica.

Como artista, o inventor Konrad Zuse chamava-se Kuno See

Zuse, que faleceu em 1995, tinha também outros talentos. Seu pseudônimo Kuno See pode ser encontrado em numerosas pinturas a óleo, desenhos e gravuras, que se encontram em grande parte no museu Staatliche Graphische Sammlung em Munique. Alguns trabalhos podem ser vistos no Museu Konrad Zuse em Hünfeld, a cidade em que viveu muito tempo, e no Astronomisch-Physikalisches Kabinett em Kassel. Também na documenta 13 foram expostos quadros de Konrad Zuse. A ele é atribuída a frase: “Eu não estudei arte, mas informática eu também não estudei”. 

www.zuse-museum.de

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