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O que podemos aprender com a Dinamarca

Energia eólica traz otimismo e bons negócios aos dinamarqueses.

Thomas Borchert, 23.01.2020
Cata-ventos no estreito de Öresund, cerca de Copenhague
Cata-ventos no estreito de Öresund, cerca de Copenhague © picture alliance / dpa

Desde quando a Dinamarca aposta na energia sustentável?

Em 1985, quando os políticos da Dinamarca se decidiram contra todas as formas de energia atômica, eles aumentaram ao mesmo tempo as subvenções estatais para as instalações de energia eólica. Ninguém podia imaginar então que isso levaria a um triunfo dessa forma de energia, admirado mundialmente. Graças principalmente à energia eólica, é tido como certo que os dinamarqueses cumprirão a meta, fixada por uma ampla maioria parlamentar, de lograr até 2028 uma produção de energia 100 % inócua ao clima. Já agora, mais da metade da eletricidade é proveniente de fontes sustentáveis – a maior parte através da energia eólica – com uma taxa de crescimento permanente.

Nada simples: o transporte de uma pá de rotor de 75 metros de comprimento, perto de Esbjerg
de Esbjerg © picture alliance / dpa

Por que o conceito funciona tão bem na Dinamarca?

Decisiva para esse êxito é a grande aceitação por parte da população, começando a partir das primeiras pequenas instalações feitas por ativistas do movimento antiatômico até à atual grande indústria com enormes parques marítimos de instalações eólicas «offshore». As condições são ideais para o país com mais de 7.000 quilômetros de litoral. Além disso, a disposição tradicionalmente alta dos dinamarqueses em buscar um consenso, muita flexibilidade nas relações entre os responsáveis e os cidadãos, bem como uma altamente desenvolvida confiança básica da sociedade, foram um bom fundamento. Políticos prudentes das áreas energética e ambiental, sobretudo o ex-presidente socialdemocrata Svend Auken, convenceram os moradores envolvidos à aceitação, através de modelos atraentes de participação na construção das instalações, em vez de impingi-los a disputas judiciais intermináveis.

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Como os cidadãos e cidadãs participam?

Ponto central é a garantia legal de participação da população e dos municípios nos lucros das instalações de energia eólica e solar, mesmo quando elas são «offshore». Podem ser adquiridas ações e lucrar assim com elas. Além disso, os moradores são indenizados, quando seus imóveis perdem valor em virtude dos parques eólicos. Finalmente, o Estado oferece aval para projetos de produção de energia sustentável sob responsabilidade própria.

Navio especial para a construção de instalações “offshore” no porto de Esbjerg
Navio especial para a construção de instalações “offshore” no porto de Esbjerg © picture alliance / dpa

Quem se beneficia ainda com a energia eólica?

Entre os efeitos positivos paralelos para todo o país está a posição de liderança dos fabricantes dinamarqueses de instalações eólicas na alta receita das exportações. Elas, contudo, são suplantadas cada vez mais pela concorrência da China. Também para a Dinamarca, as capacidades adicionais só ser geradas praticamente no mar. Apesar disso, a posição otimista dos dinamarqueses em relação à energia eólica continua existindo: isso é provado pela recente lei de proteção ao clima, aprovada com o apoio de uma ampla maioria, que estabelece a meta extremamente ambiciosa de reduzir as emissões de dióxido de carbono para menos de 70 % até o ano de 2030.

© www.deutschland.de

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