Melhorar o mundo com consumo
Negócios inócuos ao clima e socialmente responsáveis: esse é o GoodBuy. O fundador Simon Böhnlein explica como conseguiu enfrentar a crise do coronavírus.
Como os negócios podem ser não apenas inócuos ao clima, mas até mesmo sociais? Esta é a pergunta que o berlinense Simon Böhnlein fez a si mesmo. Junto com Paul Berg, ele abriu a loja social (on-line) GoodBuy em novembro de 2019. Desde então, ele tenta fazer o mundo um pouco melhor através do consumo.
Simon, qual é o seu conceito na GoodBuy?
Vendemos apenas produtos que criam soluções muito concretas para problemas globais e locais. Em Berlim, abrimos uma pequena loja com uma área de expedição. Fornecemos nossos produtos on-line, mas você também pode comprá-los na loja.
Com que problemas vocês foram confrontados na crise?
Nas primeiras semanas do primeiro “lockdown”, não vendemos quase nada, o que foi um choque para nós no início. No entanto, nos recuperamos relativamente rápido e até excedemos as metas fixadas antes da pandemia para 2020.
Como vocês conseguiram recuperar-se tão rapidamente?
O conceito de solidariedade desempenha aqui um grande papel. Muitos de nossos clientes compraram, por exemplo, cupons de apoio, que eles utilizaram quando nós nos recuperamos.
Através de um amigo, eu fui convidado no início de maio ao podcast “Gemischtes Hack”, o mais ouvido na Alemanha. Apresentei ali a nossa empresa. Isso foi um verdadeiro golpe de sorte. Pouco antes do segundo “lockdown” em dezembro, formavam-se regularmente até mesmo filas em frente à nossa loja.
Você tem a sensação de que o tema da sustentabilidade entrou mais uma vez em foco como resultado da crise?
Creio que isto começou antes da crise do coronavírus, por exemplo com o movimento Fridays for Future. Para mim pessoalmente, a crise do coronavírus trouxe a sustentabilidade social à tona. Como podemos melhorar as coisas para as pessoas em todo o mundo, indo além de uma revolução verde?
O que lhe dá esperança em relação à pandemia?
A crise mostrou que é possível mudar muito rapidamente. Isso me dá esperança. Espero que a vontade política, a viabilidade política e a coragem que vimos na crise continuem existindo posteriormente, quando se tratar de mudanças sociais e ecológicas.
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