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A natureza e os conflitos se correlacionam mutuamente

O clima, a biodiversidade e a segurança só podem ser preservados juntos, diz Florian Titze, perito do WWF.

Entrevista: Natascha Kittler, 16.11.2022
Florian Titze, assessor de política internacional de biodiversidade
Florian Titze, assessor de política internacional de biodiversidade © SonjaRitterWWF

A destruição ambiental global também exerce influência sobre a segurança. Florian Titze, assessor de política internacional de biodiversidade do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), explica essa situação e como a Alemanha luta internacionalmente pela preservação da biodiversidade.

Que correlação existe entre a destruição ambiental e a segurança?

O desempenho básico da natureza, como água limpa e ar limpo, tem importância vital para milhares de pessoas. Todavia, dado que a situação dos ecossistemas está piorando, esse desempenho não está mais podendo ser realizado, o que faz com que as pessoas, que dele dependem, se encontrem em uma situação muito difícil. Elas têm que se deslocar para outras regiões e isso provoca atritos e problemas. 

Parece que a guerra na Ucrânia e a crise energética daí resultante estão relegando a proteção do clima a um segundo plano.

Quando eclode uma guerra, é necessário que exista uma reação imediata. As pessoas se encontram em perigo e temos que agir da melhor maneira possível para interromper a violência. Mas o desafio é que existem simultaneamente diversas crises existenciais, como as crises econômicas, a crise climática, a crise da biodiversidade. Temos que estar em condição de combater essas crises ao mesmo tempo, sem perder de vista o grande panorama geral, pois as mudanças climáticas, a segurança, a natureza e os conflitos são dependentes uns dos outros.

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O que a Alemanha faz para proteger globalmente a biodiversidade e a natureza?

Em dezembro acontecerá em Montreal a 15ª Conferência das Partes da Convenção Quadro da ONU sobre a Biodiversidade (COP15), onde a Alemanha demonstrará seu forte engajamento. Este país é um dos maiores contribuintes da ajuda ao desenvolvimento, não somente para a adaptação à mudança climática, mas também para a superação da crise da biodiversidade. Mas isso não é suficiente, pois temos uma lacuna financeira de cerca de 700 bilhões de dólares por ano. Precisamos de mais ambição, de mais prioridade política para esse tema e de mais engajamento a um nível mais alto.

Trata-se de uma crise dupla.
Florian Titze, perito do WWF para a política internacional de biodiversidade

O que o senhor espera da COP15 e também da conferência mundial do clima que está acontecendo atualmente?

Ambas são importantíssimas e têm que trabalhar juntas, pois se trata de uma crise dupla. Em ambas as conferências temos que manter as metas a um alto nível ou temos que as elevar a um nível mais alto. Na Conferência Mundial do Clima COP27 já se trata da realização e do financiamento dos objetivos. Ao contrário, na COP15 vamos negociar sobre um novo acordo. Nas negociações teremos que chegar a um consenso que seja suficientemente ambicioso e que esteja assegurado por um financiamento correspondente, para que realmente possamos dar início imediato às resoluções tomadas.     

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