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A juventude exige renúncia ao combustível carvão

O movimento “Fridays for Future” quer uma renúncia mais rápida ao carvão, em prol da proteção do clima. Isso é realmente possível, após a renúncia à energia atômica?

Martin Orth, 07.06.2019
Preocupação com o meio ambiente: protesto contra as usinas termelétricas a carvão
Preocupação com o meio ambiente: protesto contra as usinas termelétricas a carvã © dpa

Há meses, os alunos de escolas promovem manifestações também na Alemanha, em prol da proteção do clima. O movimento “Fridays for Future”, da ativista sueca Greta Thunberg, provocou na Alemanha um debate sobre as metas nacionais da proteção do clima.

Qual é o motivo?

Para os ativistas de “Fridays for Future”, a atual proteção do clima não é suficiente. Um ponto criticado, especialmente na Alemanha: o “compromisso do carvão” do início de 2019, que prevê uma renúncia ao carvão até o final de 2038, é incompatível com a meta de limitação do aquecimento global em 1,5 grau.

O que reivindica o movimento “Fridays for Future”?

Em abril de 2019, os ativistas alemães do clima apresentaram um catálogo de reivindicações. Ele prevê uma renúncia ao carvão até 2030 e o desligamento de um quarto de todas as usinas termelétricas a carvão até o final de 2019.

Que dizem os dados sobre o abastecimento energético?

Em 2018, 37 % da eletricidade foi proveniente do carvão, 13 % das usinas nucleares e 40 % das energias renováveis.

Após a renúncia à energia atômica, é realista a renúncia ao carvão?

Em 2011, o governo federal alemão decidiu renunciar à energia atômica. A virada energética prevê uma renúncia gradativa da energia atômica até o ano de 2022. Com a renúncia ao carvão, reivindicada pelo movimento, 50 % das fontes energéticas para a produção de eletricidade deixariam gradativamente de ser aproveitadas nos próximos onze anos.

Quais são as reações do movimento “Fridays for Future”?

Muitos cientistas, como o professor de Sistemas Regenerativos de Energia, Volker Quaschning, consideram justas as reivindicações dos escolares. Também a chanceler Angela Merkel elogiou a iniciativa, pois só se poderá atingir as metas da proteção do clima com o apoio da sociedade. Ela quer agora, como “chefe”, assumir a responsabilidade pela política do clima e constituiu para isso um “gabinete do clima”. Isso quer dizer: todos os ministros envolvidos com o tema, reúnem-se na Chancelaria Federal e debatem sobre como se poderá alcançar as metas de proteção do clima.

© www.deutschland.de

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