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“Berlin Energy Transition Dialogue”

No Ministério das Relações Externas, especialistas internacionais debatem sobre as possibilidades de uma virada energética global.

14.03.2016
© dpa/Gregor Fischer - Berlin Energy Transition Dialogue

Quem busca na internet o povoado de Feldheim, em Brandemburgo, com seus 150 habitantes, pode encontrá-lo rapidamente na Wikipedia. “Feldheim é um distrito da cidade de Treuenbrietzen e o primeiro e até agora único povoado autossuficiente em energia na Alemanha”, relata o verbete. O povoado produz in loco as suas próprias eletricidade e calefação, com instalações eólicas e de biogás. No âmbito desta “mini-virada energética”, logrou-se preços módicos de eletricidade, alta segurança de abastecimento, independência e até mesmo a criação de um considerável número de empregos.

Feldheim é o destino de uma excursão no âmbito do programa de acompanhamento da conferência internacional “Berlin Energy Transition Dialogue”. No Ministério Federal das Relações Externas, em Berlim, reúnem-se especialistas internacionais em energia, para debater a respeito de uma virada energética global, inteligente, sustentável e com eficiência de custos. Altos representantes do setor energético da Alemanha apresentam conceitos para bem-sucedidos sistemas de energia – seguros, ecológicos e econômicos. Os critérios são a eficiência energética e a sustentabilidade.

Projeto “Homem-para-a-Lua”

Diante de mais de 900 participantes de mais de 60 países, no evento inaugural de 2015, o ministro federal das Relações Externas, Frank-Walter Steinmeier, comparou a “virada energética” com o projeto “Homem-para-a-Lua” (“Man-To-The-Moon”). O que funciona no pequeno povoado de Brandemburgo não se pode transpor diretamente, é claro, para a Alemanha em seu todo ou para outros países. Mas um número cada vez maior de especialistas de todo o mundo mostra interesse pelo caminho alemão: até o ano de 2022, todas as usinas atômicas deverão ser desligadas; até 2050, a cota das energias renováveis no abastecimento elétrico deverá subir para 80%. Com isto, a dependência dos combustíveis fósseis também será reduzida, o meio ambiente preservado – e criados novos empregos. No apogeu da utilização da energia atômica na Alemanha, 30.000 pessoas trabalhavam nesse setor energético. Agora, já são dez vezes mais pessoas que trabalham nas indústrias relacionadas com as energias renováveis.

“Berlin Energy Transition Dialogue”, de 17 a 18 de março de 2016 no Ministério das Relações Externas, em Berlim

www.energiewende2016.com

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