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Bonn, Cidade da ONU: Centro da Sustentabilidade

Bonn desenvolveu um perfil claro como polo da ONU e lugar do diálogo global sobre temas do futuro. 24 instituições da ONU sentem-se em casa no “campus” da ONU.

Thomas Kölsch , 25.03.2019
Campus da ONU em Bonn
Campus da ONU em Bonn © laif

Visto de baixo, o “Langer Eugen” parece ainda mais impressionante do que já é. 115 metros de aço, vidro e madeira – um forte símbolo e um destaque arquitetônico à margem do Reno em Bonn, no antigo bairro do Parlamento. Quem passa pelo controle de segurança e desce o curto caminho para o prédio, sente a atmosfera especial desse lugar. Daí partiram antigamente sinais para todo o país, na época em que ainda abrigava os escritórios dos deputados ao Parlamento Federal alemão. 20 anos após a mudança do governo federal para Berlim, partem daí mensagens para todo o mundo. Em vez de uma nação, hoje atuam aí (quase) todas as nações, a fim de tornar a Terra um tanto melhor. 24 instituições das Nações Unidas estabeleceram-se em Bonn e formam o coração de uma rede sinergética: rodeados de repartições federais e ministérios, organizações internacionais governamentais e não governamentais, instituições científicas e empresas operantes em todo o mundo, os funcionários e funcionárias da ONU fazem tudo para implementar as 17 metas do desenvolvimento sustentável formuladas na Agenda 2030, denominadas Sustainable Development Goals (SDGs).

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Também as sedes em Bonn do Secretariado das Nações Unidas para Combate à Desertificação (CNUCD), do Programa de Voluntários da ONU (UNV), bem como escritórios de diversos acordos de preservação de espécies, dedicam-se a estas metas. O Global Festival of Action, que a Campanha de Ação SDG organiza anualmente no World Conference Centre em Bonn, demonstra o dinamismo e o entusiasmo, com que se trata dessas tarefas do futuro em todo o mundo. A cúpula mundial do clima de 2017, na sede do Secretariado do Clima das Nações Unidas em Bonn (COP23), foi a maior conferência internacional já realizada na Alemanha.

Bonn é o centro alemão de competência para a política internacional e as estratégias globais de sustentabilidade.  
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas

Foi através da “Convenção de Bonn”, o secretariado do acordo para a preservação das espécies de animais selvagens migratórios vivos, que a ONU instalou, em 1984, o seu primeiro quartel-general em Bonn. Dez anos depois, a “Lei Berlim/Bonn” oficializou o papel desse Estado federado como sendo o centro da política de desenvolvimento e como entidade internacional. Em 20 de junho de 1996 foi hasteada lá a bandeira da ONU, em frente do prédio Castanjen, na presença do secretário-geral da ONU, Boutos Ghali, e da então ministra do Meio Ambiente e hoje chanceler alemã, Angela Merkel. O governo alemão tinha transferido oficialmente esse pequeno castelo às margens do Reno às Nações Unidas, que instalou lá outros secretariados, tornando Bonn uma cidade da ONU. Desde então, esta cidade se tornou sobretudo um ator global nas questões da proteção do clima e da sustentabilidade. O secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQMC), que sob a direção da diplomata mexicana Patricia Espinosa é a maior instalação da ONU – com cerca de 500 funcionários e funcionárias – deverá dar impulso à realização do Tratado de Paris.  

No Campus da ONU, que desde 2006 vem abrigando a maioria das organizações da ONU, trabalham neste meio tempo cerca de 1 000 funcionários. E a tendência é crescente. Ao lado do prédio “Langer Eugen” – grande Eugen, em alusão a Eugen Gerstenmaier – está surgindo agora um outro prédio (fala-se em Bonn, com uma piscadela de olhos, do “Kleiner Eugen” – o pequeno Eugen), com 330 escritórios da ONU, o qual deverá estar terminado ainda em 2021. O Secretariado do Clima das Nações Unidas terá lá a sua sede. Essa data é muito propícia, pois Bonn comemora neste ano o seu 25º aniversário de Cidade da ONU. “Evidentemente, as Nações Unidas são uma parte da nossa cidade já há tempos, sublinhando a internacionalidade e o cosmopolitismo que vêm distinguindo Bonn já há dezenas de anos”, acentua a prefeita Katja Dörner. “É para mim uma grande satisfação ver que todas as instalações se ocupam com o tema da sustentabilidade, o tema do futuro por excelência”.

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Busca de respostas globais

Bonn tem, de fato, muita coisa a oferecer. Cerca de 30 km. ao sul de Colônia, a cidade está localizada diretamente às margens do Reno, cercada pelas montanhas da Siebengebirge e, do outro lado, pelas vertentes do Eifel. Com cerca de 330 000 habitantes, a cidade natal de Beethoven não é nenhuma metrópole, mas é bastante grande para uma vida cultural variada. Através do CNUCD, até mesmo um Secretariado da ONU engaja-se nesse setor, apoiando desde 2017 o “Over the Border”, festival de música mundial. “Para nós, essa é uma oportunidade excelente de chamar atenção para a nossa missão”, diz o porta-voz do CNUCD, Marcos Montoiro. “Desertificação, seca e degradação do solo são problemas, que não se limitam às regiões de deserto na África”, afirma o espanhol. “Necessitamos de uma resposta global e temos de lutar por isso em todas as oportunidades que se oferecem”. O festival “Over the Border” é apenas um dos componentes. “É uma chance de agradecer à cidade de Bonn, que nos acolheu tão cordialmente. E através da cooperação, temos a chance de conquistar o apoio de grandiosos artistas para o nosso trabalho”.

Até mesmo um secretariado da ONU trabalha neste setor, apoiando desde 2017 o festival internacional de música “Over the Border”. “Esta é, para nós, uma oportunidade excelente de atrair as atenções para a nossa missão”, esclarece Marcos Montoiro, porta-voz da CQMC. “A desertificação, as secas e a degradação do solo são problemas que não só se limitam às regiões de deserto da África”, diz o espanhol. “Precisamos de uma resposta global, lutando por todas as possibilidades que se oferecem”. O festival “Over the Border”, que, como todos os eventos foi vítima do coronavírus, é, neste particular, apenas um dos componentes. “A pandemia mudou duradouramente as nossas prioridades, transformando nossa percepção em relação às outras pessoas. É exatamente aqui que o festival ajuda, porque nos faz sentir conjuntamente com as pessoas que têm outra cultura e outro modo de vida. Ao mesmo tempo, a cooperação nos dá a chance de conquistar grandes artistas para a nossa causa”.     

Evidentemente, as Nações Unidas são uma parte da nossa cidade já há tempos
Katja Dörner, prefeita.

Esta cidade aprecia e responde a essa missão. Seu lema “Sustainable Bonn” promove também os chamados embaixadores do clima e ela atua na rede internacional “Fair Trade Town”, sendo um dos “pontos da rede de sustentabilidade” na Alemanha. Bonn faz uso da vantagem da sua localização, oferecendo também, além da ONU, o Departamento Nacional de Proteção da Natureza ou a Sociedade para a Cooperação Internacional (GIZ). O mesmo é o caso da Universität Bonn, que, com 34 mil estudantes, é uma das mais importantes instituições dessa cidade. Seu curso de “Geography of Environmental Risk and Human Security” oferece a primeira conclusão internacional de “Joint-Master” entre uma universidade e a Universidade da ONU. Além disso, também se realizou entre a  universidade Hochschule Bonn-Rhein-Sieg  e outras instituições dessa cidade a “Aliança de Bonn para a Pesquisa da Sustentabilidade”. A coalizão do Conselho de Bonn, formada pelos Verdes, o SPD a Esquerda e VOLT, acentua a proteção ambiental, planejando tornar o centro da cidade livre de autos, implementar as ciclovias e dar início a um pacote de investimentos climáticos. “Nossa obrigação, como cidade, é assumir responsabilidade, precisamente quando se trata de questões tão importantes, como a proteção climática e ambiental, para realizar os objetivos de desenvolvimento sustentáveis e alcançar a paz  e a justiça no nosso mundo”, explica  a prefeita Dörner. “Por isso,  uma questão muito importante é, para nós, apoiar o trabalho das Nações Unidas em Bonn e o apresentar de forma visível”.

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