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“Pudemos dar um sinal”

O hospital Klinikum Chemnitz cuidou de pacientes da Itália. Um médico chefe conta como ele passou por essa semana de emoções.

Sarah Kanning , 06.07.2020
Despedida amigável de um dos italianos depois do restabelecimento.
Despedida amigável de um dos italianos depois do restabelecimento. © Klinikum Chemnitz

“Recordo-me muito bem daquele fim de semana de março, no qual acolhemos no nosso hospital os dois pacientes italianos de Covid-19. Eu já estava com dores nos dedos de tanto telefonar, para organizar, com os meus colegas, o transporte do Tirol do Sul. Era uma grande tarefa logística trazer para Chemnitz duas pessoas gravemente infetadas, pacientes de UTI ligados a aparelhos de respiração artificial, usando primeiramente o transporte aéreo e depois uma ambulância de UTI. Não sabíamos ao certo se os dois pacientes iriam suportar bem o transporte e em qual estado eles chegariam aqui.

Queríamos fazer um bom trabalho.  
Prof. Dr. Stefan Hammerschmidt, médico chefe

Somos um hospital do mais alto padrão de abastecimento e poderíamos ter feito a respiração artificial simultânea de até 80 pacientes de Covid-19, seguindo um plano de quatro níveis. Mais de oito pacientes de Covid-19 nunca foram antes tratados simultaneamente com respiração artificial. Por isso, o nosso gerente confirmou imediatamente que o nosso hospital Klinikum Chemnitz poderia fazer o tratamento de dois pacientes de Covid-19, cujo acolhimento aqui tinha sido confirmado em um acordo entre o Estado Livre da Saxônia e a Itália. Felizmente, já tínhamos tido nossa prova de fogo com a respiração artificial de pacientes de Covid-19, tendo boa experiência com os planos de higiene. Antes da chegada dos pacientes italianos, inspecionamos as nossas unidades de isolamento, preparamos nossos equipamentos e estivemos em prontidão. Tudo foi realmente um tanto emocional. 

Os pacientes estavam inconscientes, recebendo respiração artificial, mas estavam estáveis. Eles tinham tido pneumonia causada pela Covid-19, o que lhes tinha provocado insuficiência respiratória. Mas o estado de ambos os pacientes melhorou rapidamente. Foi um grande alívio quando eles finalmente recuperaram novamente a consciência. Esses pacientes vinham de um país amigo e, por isso, queríamos naturalmente fazer um bom trabalho. Os colegas de toda a Alemanha também acompanharam o nosso trabalho.

O pacientes da Itália ficaram bem perto do nosso coração.
Prof. Dr. Stefan Hammerschmidt, médico chefe

No começo, ficamos preocupados de como iríamos nos comunicar com os dois, quando eles acordassem, mas o primeiro paciente que despertou vinha do Tirol do Sul. A sua língua materna era o alemão. Depois, ele nos ajudou a nos comunicar em italiano com o segundo paciente, quando este despertou. Acolher dois pacientes parece ser uma gota de água no oceano. Mas, se nos recordarmos da situação de emergência em março, na Itália, e de que a Alemanha acolheu, desde então, mais de 250 pacientes de outros países da UE, temos de admitir que cada caso e cada pessoa é que contam. Recebemos apoio de todos os lados e sentimos uma grande onda de simpatia pela Itália.

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Toda nossa equipe sentiu grande afeição e proximidade pelos dois pacientes. De certa maneira, isto é lógico, quando cuidamos de pacientes por tanto tempo, tirando-os de uma profunda crise. Neste caso, todos nós sentimos que teríamos de os guardar bem perto do nosso coração. Eles estavam aqui sozinhos, longe dos seus lares e não podiam receber visitas. Depois de três semanas, quando os pacientes deram alta, foi um momento cheio de emoção e quase familiar.

Estou feliz de que pudemos ajudar esses dois pacientes, não só como um efeito externo positivo para o hospital, mas também como um sinal para a Saxônia e para toda a Alemanha. Pudemos mostrar, com um pequeno exemplo, que os povos da Europa se mantêm unidos”.



Protokoll: Sarah Kanning

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