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Solidariedade nos tempos do coronavírus

Solidariedade na crise do corona. A Alemanha acolhe pessoas gravemente afetadas e envia ajuda à Itália.

Sarah Kanning, 25.03.2020
Paris – vazia por causa da crise do corona.
Paris – vazia por causa da crise do corona. © dpa

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O Covid-19 está controlando a Europa. Em alguns países, como a Itália e a Espanha, a situação atual é muito crítica. A Alemanha envia ajuda e acolhe pessoas gravemente afetadas de outros países. O ministro federal do Exterior, Maas, propôs, em 23 de março, ativar a cláusula de solidariedade da UE, segundo o Artigo 222. “Isto significaria que as reações ao coronavírus poderiam ser intensificadas através de medidas bem concretas a nível da UE”, disse Maas. As capacidades materiais e de pessoal poderiam ser disponibilizadas dentro da UE, onde houvesse maior necessidade. Maas pediu ao alto representante da UE, Josep Borrell, para dar início imediato a diálogos.

A Saxônia acolhe doentes da Itália

O Estado Livre da Saxônia acolheu em seus hospitais diversos pacientes de Covid-19. Muitos hospitais na Itália estão de tal maneira saturados que os médicos são obrigados a usar o sistema de triagem para decidir qual paciente pode ter uma cama na UTI. A Itália é, no mundo todo, o país que registra oficialmente o maior número de mortos por coronavírus.

Acolhendo esses pacientes, a Saxônia atende um pedido do governo italiano. Os hospitais desse Estado Livre teriam demonstrado ter capacidades para esse atendimento, disse o governador estadual Michael Kretschmer, declarando que, tratando desses pacientes, também se poderia aprender a lidar com o coronavírus. “É bem importante saber que podemos ajudar os outros”.   

Pacientes da França

No fim de semana, Estados alemães que fazem fronteira com a França – o Sarre, Baden-Württemberg e a Renânia do Norte-Palatinado –  declararam estar dispostos a acolher pacientes franceses em estado grave de corona. “Para nós, é óbvio que ajudemos os nossos vizinhos e amigos franceses nesta situação gravíssima”, disse Frank Lambert, gerente do hospital Asklepios Südpfalzklinik da Renânia do Norte-Palatinado. Esta clínica dispõe de 14 leitos de respiração artificial e acolherá primeiramente dois pacientes graves de Covid-19 de Estrasburgo, que necessitam de ventilação artificial. A Suíça e Luxemburgo também pretendem acolher pacientes.

Macron agradece a solidariedade europeia

Emmanuel Macron, chefe de Estado francês, agradeceu o apoio transfronteiriço. “Muito obrigado a nossos vizinhos europeus! A solidariedade europeia salva vidas”, escreveu Macron no Twitter.

O número de infecções do coronavírus aumentou gravemente na França, sobretudo no Département Haut-Rhin e na região de  Grand Est. Quase 2 000 pessoas estão sendo atendidas nos hospitais, das quais 480 na UTI.

Fornecimento de ajuda à Itália

No dia 4 de março de 2020, o governo federal alemão colocou sob reserva a exportação de equipamentos de proteção e aparelhos medicinais para a luta contra o coronavírus, devendo assim evitar que esses equipamentos de proteção sejam possivelmente vendidos, por motivos econômicos, a países que queiram assegurar um estoque, sem que estejam sendo gravemente atingidos pelo coronavírus. Esse regulamento foi agora flexibilizado em relação à exportação aos países da UE, para que a “saúde e a vida das pessoas sejam protegidas”. Em meados de março, a Alemanha disponibilizou sete toneladas de suprimentos de emergência, como aparelhos de respiração, para a Itália, gravemente afetada. Como o ministro federal da Saúde, Jens Spahn, acentuou, os parceiros europeus deveriam demonstrar união, principalmente estando sob tal pressão.

Roma sem turistas – uma vista incomum.
Roma sem turistas – uma vista incomum. © dpa

O presidente da Itália: Espero que a Alemanha não seja atingida por esse sofrimento

O presidente italiano Sergio Mattarella agradeceu a solidariedade e a ajuda da Alemanha, por exemplo, no fornecimento de produtos medicinais. Antes disto, o presidente federal alemão Frank-Walter Steinmeier manifestara à Itália a solidariedade e o apoio da Alemanha. A Alemanha teria seus pensamentos voltados para o grande número de doentes, para os mortos e as suas famílias, para o magnífico pessoal de ajuda do sistema italiano de saúde. Estes estariam agindo sob as mais difíceis condições, ultrapassando seus limites para salvar vidas. Steinmeier louvou os fornecimentos de ajuda alemã. “Precisamos agora de um verdadeiro espírito europeu de solidariedade humana e prática”, escreveu ele. “Somente poderemos superar esta crise, se estivermos unidos”.

Com material da dpa
© www.deutschland.de