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Faces do movimento feminista alemão

Luta pela emancipação de 1918 até 2018: você tem de conhecer estas quatro mulheres fortes.

Friederike Bauer, 11.10.2018
Anne Wizorek representa o feminismo de hoje.
Anne Wizorek representa o feminismo de hoje. © dpa

Após uma longa luta por igualdade de direitos, o direito de voto das mulheres tornou-se lei em 12 de novembro de 1918 – um marco na história do feminismo. Já que, apesar disso, a emancipação na política e na sociedade ainda não se concretizou em todas as partes até hoje, as feministas da primeira hora sempre voltaram a seguir novas líderes – embora com reivindicações alteradas.

Marie Juchacz

Socialdemocrata, feminista e fundadora da organização social Arbeiterwohlfahrt, Marie Juchacz (1879 – 1956) fez parte, em 1918, das defensoras do direito de voto das mulheres. Em 1919, ela se candidatou para a Assembleia Nacional, conquistando com outras mulheres 37 dos 423 mandatos no primeiro Parlamento da República de Weimar. Foi a primeira mulher a abrir uma sessão do Parlamento, com as palavras: “O que este governo fez, isso foi uma obviedade; ele concedeu às mulheres o que lhes era negado injustamente até então”.

Marie Juchacz
Marie Juchacz © dpa

Friederike Nadig

Friederike Nadig (1897 – 1970) fez parte das “mães da Lei Fundamental”. Ela se engajou voluntariamente na organização social Arbeiterwohlfahrt e ingressou no SPD com 20 anos de idade. Após a Segunda Guerra Mundial, ela foi convocada em 1948 para o Conselho Parlamentar, que elaborou o projeto da Lei Fundamental. Dele faziam parte outras três mulheres. Nadig está entre as mais engajadas defensoras da igualdade de direitos, que ela logrou inserir no Artigo 3 da Lei Fundamental.

Friederike Nadig
Friederike Nadig © dpa

Alice Schwarzer

Alice Schwarzer (nascida em 1942), editora da revista feminista “Emma”, é a mais conhecida feminista alemã. Em 1970, a jornalista foi como correspondente para Paris, onde estabeleceu amizade com a autora feminista Simone de Beauvoir. Na Alemanha, em 1971, ela foi responsável pela reportagem “Nós abortamos”, matéria de capa da revista “Stern”, na qual quase 400 mulheres relataram suas respectivas interrupções de gravidez. Até hoje, Schwarzer luta pela emancipação como autora, apresentadora e convidada de “talk shows”.

Alice Schwarzer na redação da revista “Emma”
Alice Schwarzer na redação da revista “Emma” © dpa

Anne Wizorek

Anne Wizorek (nascida em 1981) tornou-se conhecida através do hashtag #aufschrei, que provocou um debate sobre o sexismo do dia a dia na Alemanha. A autora e blogueira escreve sobre a violência contra as mulheres e sobre o racismo. Ela aproveita de preferência os canais da mídia social, mas também escreveu um livro com o título: “Porque um grito não é suficiente. Por um feminismo de hoje”. Wizorek também se empenha pelos direitos de transgêneros.

Anne Wizorek, iniciadora do debate #aufschrei contra o sexismo no dia a dia.
Anne Wizorek, iniciadora do debate #aufschrei contra o sexismo no dia a dia. © dpa

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