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A Conferência de Segurança de Munique

A Conferência de Segurança de Munique é um foro aberto de discussões, além de qualquer protocolo.

09.02.2016
© Kuhlmann/MSC - Wolfgang Ischinger

Desde sua estreia há 53 anos, a Conferência de Segurança de Munique vem sendo não só um lugar de conferência, mas também de diálogos básicos. Presidentes, ministros, secretários de Estado e generais – frequentemente também partidos em conflitos – encontram-se no prestigiado hotel “Bayerischer Hof”, para participar de diálogos bilaterais não oficiais. Mesmo que essa conferência seja, por um lado, um evento de diálogos não vinculativo, cujos participantes não têm poder de resolução, ela oferece aos altos convidados a oportunidade de conversar francamente, sem rodeios diplomáticos.

Grande momento do debate sobre a política de segurança

A conferência de 2003 foi um grande momento do debate sobre a política de segurança. Pouco antes da invasão dos EUA no Iraque, o então ministro federal alemão das Relações Externas, Joschka Fischer, gritou para Donald Rumsfeld, ministro da Defesa dos EUA, em um discurso emocional: “I am not convinced!” (Não estou convencido), pois os motivos da guerra não o convenciam. Três anos depois, foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que causou alvoroço nas capitais ocidentais através do seu ardente discurso contra a suposta tentativa de supremacia militar dos EUA no mundo, anunciando que a Rússia não aceitaria isso passivamente. Mas há também aqueles que usam essa conferência como uma plataforma, para espalhar ideias na “Community” e observar seus efeitos.

A Conferência de Segurança de Munique é uma bolsa de contatos e um foro aberto de discussões, além de qualquer protocolo. Ela foi instituída em 1962 como “Münchner Wehrkundetagung” (Conferência de Munique sobre as Ciências Militares), voltada primordialmente para os membros da OTAN. Neste meio tempo, os participantes vêm de todo o mundo. Seu iniciador e moderador até 1998 foi Ewald-Heinrich von Kleist-Schmenzin, antigo tenente da “Wehrmacht”, que apoiou os autores do atentado contra Hitler. Agora, o presidente dessa conferência é, já há oito anos, o ex-diplomata Wolfgang Ischinger. Os temas centrais dos debates deste ano são a guerra na Síria, a crise dos refugiados e o futuro da ordem de segurança na Europa.

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