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Não se trata apenas de direitos da mulher

Velhas questões, novas ideias: o que o feminismo defende hoje? Isto é o que dizem as blogueiras Jana Braumüller e Ninia LaGrande.

Kim Berg, 12.10.2018
Ninia LaGrande
Ninia LaGrande © Steffen Baranski

O que significa o feminismo para vocês?

Jana: O feminismo significa que eu não luto apenas pelos meus direitos, mas também por aqueles e com aqueles que são prejudicados estruturalmente, por exemplo, porque fazem parte de uma minoria.

Ninia: Para mim, o feminismo é a igualdade de direitos de todos os gêneros – independente da sua sexualidade, do seu corpo, da sua religião e origem. O feminismo tem de ser antirracista, antidiscriminação de deficientes e anticlassista.

Para mim, o feminismo é a igualdade de direitos de todos os gêneros.
Blogueira Ninia LaGrande

As primeiras feministas lutaram pela emancipação legal. De que se trata hoje?

Ninia: Nós temos uma igualdade de direitos por lei, mas a realidade é uma outra. Temas atuais são #metoo, antirracismo, guinada para a direita, partos seguros, pagamento igual para o mesmo trabalho e política do corpo.

Jana: De maneira geral, trata-se da família e da autodeterminação. E também vejo a ameaça através do populismo de direita e o racismo como importantes temas atuais.

Jana Braumüller
Jana Braumüller © Lydia Hersberger

Onde há para vocês uma necessidade de melhorar a emancipação na Alemanha?

Jana: Os debates do #metoo e do #metwo mostraram que a violência sexualizada, o sexismo permanente e o racismo são grandes desafios para a nossa sociedade. Além disso, temos de nos tornar muito melhores em criar as meninas e os meninos sem fortalecer as imagens do papel de gênero. E que ainda haja muito poucas mulheres nos conselhos fiscais e nos níveis de chefia, eu considero problemático.

Ninia: Os temas feministas são desconsiderados na política. As mulheres continuam ganhando menos do que os homens, constituem 90 % das pessoas que criam sozinhas os filhos, são mais frequentemente pobres e bem mais ameaçadas de violência. Eu acredito até mesmo que no governo alemão trabalham muito mais secretários de Estado com o nome de Hans, do que mulheres em tal cargo.

Blog de Ninia LaGrande

Not Another Woman Mag de Jana Braumüller

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