Pular para conteúdo principal

O novo desejo de descobrir

Nem sempre tem de ser uma metrópole: Cidades de médio porte como Bonn, Kassel e Halle atraem visitantes com grande cultura e boas ideias.

Kathrin Sander, 27.11.2022
O Parque da Colina de Wilhelmshöhe em Kassel é um Patrimônio Mundial da UNESCO.
O Parque da Colina de Wilhelmshöhe em Kassel é um Patrimônio Mundial da UNESCO. © picture alliance/dpa

Rothenburg ob der Tauber, Berlim, Dresden, Hamburgo e Munique: Segundo um “ranking” do Conselho Nacional Alemão de Turismo, estas cinco cidades são os destinos mais procurados pelos visitantes estrangeiros em viagem pela Alemanha. Mas há também uma tendência oposta: cada vez mais viajantes são atraídos por cidades de médio porte, longe do fluxo turístico.

Na Renânia do Norte-Vestfália, por exemplo, destinos como Bonn e Aachen mostram um crescimento de dois dígitos no número de pernoites. Bonn soma muitos pontos em particular com Beethoven: o compositor nasceu lá e a Casa de Beethoven tem a maior coleção do mundo sobre sua vida e obra. E a catedral imperial de Aachen, com o túmulo de Carlos Magno, foi o primeiro edifício alemão a receber o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.

Hessen entre documenta e Balneário Mundial

Kassel está localizada no Estado vizinho de Hessen. A cada cinco anos, a cidade está no centro das atenções, com a maior exposição de arte moderna do mundo, mas à parte da documenta, ela também tem se destacado como atração turística. Um destaque é a exposição Grimmwelt, que foi inaugurada em 2015 e apresenta a vida e o trabalho dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. Os visitantes da exposição não encontram um museu de contos de fadas, mas sim ficam conhecendo um inseparável par de irmãos, apaixonados por Germanística e que criaram uma coleção de contos de fadas que goza hoje de fama mundial. “Um destaque da exposição são os originais exemplares pessoais da coleção com anotações manuscritas dos Grimm”, diz Julia Ronge, responsável por informação e didática no Grimmwelt.

Pode ser visto em Halle: o Disco Celeste de Nebra
Pode ser visto em Halle: o Disco Celeste de Nebra © picture alliance / empics

Cerca de 200 quilômetros ao sul, fica Wiesbaden, a capital estadual de Hessen. A cidade de 280.000 habitantes preservou a elegância do antigo “Balneário Mundial” (“Weltkurstadt”). Aqui, por volta de 1900, a “haute volée” da Europa se reunia no “Nice of the North”, para relaxar. Não apenas as fontes termais ainda borbulham, mas é também inquebrantável o desejo de gozar a vida. Bonitos bares de vinho, cafés e restaurantes se agrupam ao redor do mercado e, no final do dia, as pessoas se encontram para uma taça de Riesling, da vizinha região de Rheingau. A propósito, os primeiros escritores do romantismo já se referiam a esta região. Não é de se admirar: o Reno Médio é aqui intercalado de ilhas e tem mais de 800 metros de largura.

A atração do Disco Celeste de Nebra

Um pedaço de céu que estava escondido na terra – esta é uma das mais importantes atrações para os visitantes da Saxônia-Anhalt. Estima-se que o Disco Celeste de Nebra tenha 3600 anos de idade. Ele mostra o sol, o céu, a lua e estrelas e é a mais antiga representação concreta de fenômenos astronômicos de todos os tempos. Em 1999, escavadores clandestinos haviam descoberto e escavado o disco, que foi vendido ilegalmente como parte de um tesouro de bronze de Mittelberg, perto de Nebra. Durante anos, a polícia e os arqueólogos caçaram uma rede de receptadores e traficantes.

O Museu Estadual Arqueológico em Halle
O Museu Estadual Arqueológico em Halle © picture alliance / ZB

Hoje, a Arca de Nebra é um centro de visitação dedicado ao Disco Celeste, mas o original só pode ser visto no Museu Estadual Pré-Histórico em Halle an der Saale. É também uma cidade que os visitantes estão descobrindo cada vez mais. Afinal, Halle não tem só um pedaço precioso do céu para oferecer, mas também um belo bairro histórico com uma das maiores praças de mercado da Alemanha.

© www.deutschland.de

You would like to receive regular information about Germany? Subscribe here: