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“É preciso muito tato”

Ensinar em universidades alemãs. Clarissa Schöller ajuda docentes internacionais na vinda para a universidade TU de Munique.

Matthias Vogel , 12.09.2022
Clarissa Schöller gerencia a vinda para a Alemanha
Clarissa Schöller gerencia a vinda para a Alemanha © Astrid Eckert, TU Muenchen

A formação necessariamente urgente de docentes é assumida pelas universidades alemãs , sendo que elas próprias estão precisando de profissionais altamente qualificados que também venham do estrangeiro. Em tais casos, o Relocation-Service do departamento Dual Career Office, da  Technische Universität de Munique (TUM), facilita a docentes convidados pelas universidades alemãs o acesso à vida profissional na Alemanha. A diretora Clarissa Schöller, de 37 anos de idade,  descreve o seu trabalho para deutschland.de.

Senhora Schöller, quando a senhora entra em ação,  caso a TUM esteja interessada em que uma pessoa do estrangeiro venha ensinar na cidade de Munique?
Se depois dos procedimentos de candidatura estiver claro quem a universidade quer contratar, contatamos imediatamente essa pessoa já desde o começo da fase de negociações.

Quais fatores são importantes para o seu Relocation-Service e por que a senhora começa tão cedo?
Não é nada fácil recrutar os melhores e as melhores profissionais. A pressão da competitividade internacional é grande e as universidades alemãs nem sempre podem concorrer com o pagamento de salários. Por isso, temos que dar peso a recursos técnicos, como o número de assistentes que estão disponíveis ao catedrático ou à catedrática, o tamanho da área do laboratório e como decorre a cooperação entre os institutos de pesquisa. Além desses fatores de peso, ainda fazemos uso da flexibilidade, o Relocation-Service, ou seja: De qual suporte precisam os candidatos ou as candidatas, para que eles possam se interessar? E esse suporte é diferente de pessoa para pessoa.

A pressão da competitividade internacional é grande.
Clarissa Schöller, TU de Munique

A senhora pode dar um exemplo?
Recentemente recrutamos um docente da Itália que tinha vivido nos EUA com a sua esposa e seu filho. Nós o apoiamos na busca de um apartamento e organizamos a mudança. Daí então outros temas estiveram na ordem do dia, como o visto, a creche para o filho e o seguro saúde, temas muito complexos. Como quase sempre, a esposa também precisava de um emprego. Neste caso, isso foi muito prático, pois ela era assistente de laboratório e, por acaso, tínhamos um posto vacante na instituição. Em seguida nos preocupamos com um curso de língua e, desta maneira, já tínhamos superado as grandes dificuldades. Abrir uma conta bancária e fazer o registro de CNH estrangeira não são tão complicados. A atribuição do Número de Identificação Fiscal decorre automaticamente.

No quê os docentes e as docentes teriam realmente que pensar antes de vir para a Alemanha?
Recomendamos fazer autenticações de documentos importantes. Nem todos os originais são reconhecidos aqui.

A senhora fez seu doutorado e trabalha já há três anos no Dual Career Office. Qual é a maior dificuldade desse trabalho?
Todo o processo é complexo e, em parte, muito burocrático. A concessão final da permissão de permanência pode durar muito tempo e não está nas nossas mãos. É preciso muito tato para que esses profissionais de renome internacional não desanimem nessa fase, pois eles precisam de segurança de planejamento.

A senhora já teve que respirar fundo para se acalmar diante de uma tarefa?
Um professor titular tem um cavalo como animal caseiro e este também tem de vir na mudança através do Atlântico. Esse caso está atualmente no Departamento Estadual de Finanças e ainda não foi resolvido.

© www.deutschland.de 

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