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Promoção da ética de IA

Um perito e duas peritas investem os seus esforços para que a Inteligência Artificial seja tratada com responsabilidade.

Clara Krug, 05.12.2022
Für eine Ethik der KI
© AdobeStock

A Inteligência Artificial (IA) e a digitalização transformarão profundamente a nossa vida. A IA facilita muitas coisas, mas a sua aplicação também produz a violação dos direitos humanos, a discriminação de pessoas ou a repressão da diversidade de opinião. Apresentamos aqui duas peritas e um perito que promovem um trato ético da IA em instituições na Alemanha.

Eirini Ntoutsi

Eirini Ntoutsi
Eirini Ntoutsi © Siebold_UniBwM

O que a Inteligência Artificial (IA) pode fazer e o que é permitido que ela faça? Não há quase nenhuma jornada de trabalho, na qual Eirini Ntoutsi não tenha que buscar respostas para essas questões. Desde agosto de 2022, essa informática grega é professora titular de Open Source Intelligence na Universität der Bundeswehr (Universidade das Forças Armadas Alemãs) em Munique, em cujo instituto de pesquisa ela e seu grupo vêm desenvolvendo  algoritmos inteligentes. A partir de dados, estes algoritmos aprendem continuamente, para que possam se orientar na natureza do aprendizado humano. Ao mesmo tempo, acentua Ntoutsi, eles devem assegurar que o que eles aprendem exerça uma influência positiva sobre a sociedade. “A IA é uma tecnologia muito eficiente, que pode ajudar a solucionar os maiores desafios existentes no mundo, mas ela também tem que incluir nesse processo os riscos que pessoas ou grupos possam correr. Por isso temos a responsabilidade de compreender e atenuar esses riscos  e seus efeitos”, esclarece Ntoutsi, perita em IA. Um aprendizado que tenha uma consciência justa e uma IA explicável (XIA) seriam dois pilares importantes para que haja responsabilidade quanto ao desenvolvimento e ao uso prático de IA. 

Matthias C. Kettemann

Matthias C. Kettemann
Matthias C. Kettemann © ITZR 2022

O objetivo de Matthias C. Kettemann é implementar uma rede de direito internacional através de um projeto de pesquisa, que leva o mesmo nome, promovido pelo Instituto Alexander von Humboldt para a Internet e a Sociedade, de Berlim. Kettemann, nascido em Graz, na Áustria, é o primeiro professor titular com uma autoridade sobre direitos de internet na região de fala alemã. No seu trabalho, ele pesquisa a interação entre o direito e o espaço cibernético, quais são os desafios da digitalização e como a sociedade pode ser preparada para um futuro digital. A encargo da comissão alemã da UNESCO, Kettemann elabora uma avaliação sob o título “Sugestão da UNESCO relativa à ética da Inteligência Artificial. Condições para a sua implementação na Alemanha”. Seu trabalho é um apoio a ministérios, autoridades e outros responsáveis da Alemanha, para pôr em prática a “Sugestão relativa à ética da Inteligência Artificial”, aprovada em fins de 2021 pelos Estados-membros da UNESCO.

Gergana Baeva

Gergana Baeva
Gergana Baeva © Christoph Loeffler

Os  processos automatizados e a Inteligência Artificial ajudam a simplificar o nosso dia-a-dia, possibilitando ou melhorando diagnósticos medicinais, tornando os processos de produção mais eficientes ou propondo conteúdos interessantes a usuários da internet. Para que essa disponibilidade operacional seja eticamente justificável e confiável, a cientista búlgara Gergana Baeva pesquisa no Centro de Inteligência Artificial Confiável (ZVKI), de Berlim, sendo lá responsável pela certificação da Inteligência Artificial. Ela se doutorou em Ciências da Comunicação e está convicta de que a transparência e a clara comunicação são as mais importantes bases para se conseguir mais confiabilidade por parte dos usuários.

© www.deutschland.de

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