Uma parceria com 
grande dinamismo

Talvez o engajamento dos conglomerados alemães seja a primeira coisa que vem à mente, quando se pensa nas relações alemão-mexicanas. A cooperação, por exemplo, da Siemens com parceiros no país latino-americano começou no ano de 1894. Na época, a empresa abriu um escritório técnico na Cidade do México. Também através das atividades de outras empresas, a Alemanha desponta hoje como o quinto maior parceiro comercial do México: em 2015, o volume de negócios foi de aproximadamente 17,5 bilhões de dólares. Cerca de 125 000 pessoas trabalham em empresas alemãs no México. O Ano da Alemanha no México 2016/2017 evidencia o valor da cooperação, oferecendo uma plataforma para busca de novos potenciais. Porém, há muito isto não se limita à economia.

“O México é um importante parceiro da Alemanha na resolução das questões do futuro”, disse o ministro das Relações Externas, Frank-Walter Steinmeier, no início de junho, na abertura do Ano da Alemanha. “Por isto, queremos continuar ampliando nossa cooperação política, econômica e cultural, bem como estreitar as relações de nossas sociedades”. Mais de 1000 projetos, exposições e discussões estão planejados para o longo do ano, sob o título de “Aliança para o futuro”.

A cooperação em inovação e a transferência global de conhecimento ocupam um lugar de destaque nesse Ano da Alemanha. Com isto, de certa forma, uma linha direta liga o empenho pioneiro de empresas alemãs de tecnologia no México com o programa do Ano da Alemanha 2016/2017. Visões de 
mobilidade urbana são abordadas num projeto com dez instituições de ensino superior do México. Nele, Raúl Rojas, professor de TI e especialista em robótica em Berlim, desenvolve sistemas inteligentes de condução, juntamente com cientistas de sua pátria.

Apogeu cultural do Ano da Alemanha é uma expo­sição com obras de Otto Dix, até julho de 2017, em 
Monterrey, Cidade do México e San Luis Potosí. Espera-­se cerca de 100 000 visitantes. Outras áreas culturais têm igualmente seu espaço no Ano da Alemanha. Assim, o país é o homenageado na Feira do Livro Infantil e Juvenil na Cidade do México. Também a fotógrafa Candida Höfer, uma das mais conhecidas representantes da chamada Escola de Düsseldorf, realiza um projeto na capital. E, sob o titulo “Herança em tempo real – Humboldt revisitado”, representantes da dança contemporânea de ambos os países trabalham em coproduções.

Por falar em Humboldt: o naturalista é considerado o pioneiro da amizade alemão-mexicana. Como referência intelectual, ele corresponde ao que o Ano da Alemanha se propõe: um abrangente ideal de educação, o alto valor da cooperação, a ideia das relações transdisciplinares. Esta foi enfatizada na abertura também por Klaus-Dieter Lehmann, presidente do Instituto Goethe. O Instituto 
Goethe do México coordena no país o Ano da Alemanha. “Com o Ano da Alemanha, podemos mostrar 
como economia, ciência e cultura interagem, gerando benefícios recíprocos”.

Sob a direção do Ministério das Relações Externas, também participa do comitê responsável pelo Ano da Alemanha a Confederação da Indústria Alemã (BDI). Seu presidente Ulrich Grillo ressaltou, entre outras, a necessidade de transparência e as oportunidades geradas pela formação dual. “A indústria alemã se oferece ao México para cooperar em soluções sustentáveis”.

Grillo também é membro do conselho curador do Ano da Alemanha, convocado pela primeira vez. Além dele, fazem parte do conselho a cineasta Doris Dörrie, o diretor da Volkswagen Andreas Renschler, o cantor Rolando Villazón, 
a presidente do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Margret Wintermantel, e Reinhard Zinkann, diretor da empresa Miele.

Ao mesmo tempo que o Ano da Alemanha no México, acontece na Alemanha o Ano do México. No museu Martin-Gropius-Bau, em Berlim, uma grande exposição sobre tesouros culturais mexicanos pode ser 
visitada pelo público até o dia 7 de agosto de 2016: “Maias – Linguagem da Beleza”. A abertura da exposição, em abril de 2016, ocorreu ao mesmo tempo que a inauguração do Ano do México na Alemanha. ▪